sexta-feira, 9 de maio de 2008

PSOL exige que Ana Júlia abandone “atitude repressiva”

A presidente estadual do PSOL, Araceli Lemos, divulgou nota em que repudia a repressão policial à manifestação dos professores, ocorrida na manhã desta sexta-feira, em Belém.
Segundo informações do comando de greve, sete pessoas ficaram feridas e nenhum acordo foi feito. Eles chegaram a bloquear a Rodovia Augusto Montenegro, em frente ao Palácio dos Despachos, como parte da programação do movimento.
Na nota, o PSOL “exige da governadora Ana Julia o imediato abandono da postura repressiva, autoritária e truculenta, que tem servido para expor a abissal distância entre seu discurso e sua prática cotidiana.”
É a seguinte, na íntegra, a nota da Executiva Estadual do PSOL:

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1. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), no Pará, manifesta seu mais veemente repúdio à repressão policial que se abateu na manhã de hoje, 9, sobre uma manifestação pacífica de centenas de professores e servidores da rede estadual de ensino, em greve há 17 dias por reajuste salarial e por efetivas melhorias na caótica situação da educação pública paraense.
2. Sob ordens diretas da Casa Civil da governadora, a tropa de choque da PM investiu com extrema violência contra os servidores que interditavam naquele momento a rodovia Augusto Montenegro, em frente ao Palácio dos Despachos, em Belém, exigindo que as negociações com as autoridades do governo fossem retomadas. Ao invés de abrir negociação com os manifestantes e respeitar o direito constitucional de greve dos servidores públicos, a governadora Ana Julia (PT) preferiu trilhar o caminho do ataque frontal a uma categoria que nas últimas três décadas forjou a mais importante e representativa entidade sindical dos servidores públicos, o Sintepp.
3. Este fato ficou evidenciado não somente das cenas de truculência da PM espancando educadores em plena via pública, como já se manifestara desde a última quarta-feira quando o governo do Estado ingressou com uma ação na Justiça para tentar colocar a greve na ilegalidade e forçar o retorno ao trabalho, sob pena de pagamento diário de uma absurda multa de R$ 100 mil.
4. O PSOL expressa sua integral solidariedade aos trabalhadores em educação, pois reconhece como legítimas suas reivindicações. E, nesta oportunidade, exige da governadora Ana Julia o imediato abandono da postura repressiva, autoritária e truculenta, que tem servido para expor a abissal distância entre seu discurso e sua prática cotidiana. O único caminho para superar o atual impasse é o retorno do governo à mesa de negociação, no contexto do absoluto respeito ao direito constitucional de greve e à liberdade e autonomia sindical.

Belém, 09 de maio de 2008
Araceli Lemos
Presidente do PSOL - Pará

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