sexta-feira, 16 de maio de 2008

É preciso sempre fechar a rua?

O trânsito no bairro de Nazaré inteiro está parado.

Não é que ande lentamente, não. Está parado.

Por quê? Porque professores públicos em greve fecham a avenida Nazaré, em frente ao CIG (Centro Integrado de Governo).

Assistem razões – bastantes, inclusive - aos professores para fazerem a greve.

Assiste-lhes o direito de lutar por melhorias de condições de trabalho e por melhores salários.

Mas, e o direito de milhares que querem apenas circular, querem apenas se locomover livremente? Como é que fica esse direito básico de ir-e-vir? Como é que fica quando 100 ou 200 fecham a rua e milhares não podem passar? Por que, em vez de fecharem a rua, não deixam livre e se manifestam nas calçadas, por exemplo? Não atrairiam assim maior simpatia popular pelo movimento que deflagaram? Por que toda greve, para chamar atenção e para ter repercussão, precisa alterar a rotina da cidade?

Greves são atitudes políticas. Toda greve é. E o político, aqui, não tem sentido demeritório. Acredita-se, portanto, que os grevistas – qualquer grevista – esperem ter reconhecida pela população a justeza, a pertinência e a oportunidade de suas reivindicações.

Mas como pretendem isso quando, a título de defender direito próprio, ofendem os direitos de todos os demais?

E aí, como é que fica?

6 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto isso, fervilham boatos em torno da suposta paralisação das obras nas duas mais altas construções de Belém, as torres gêmeas da Doca de Souza Franco, com seus 40 andares. A construtora Village, responsável pelos dois enormes palitos de concreto, a turvar o horizonte da cidade, devia dar explicações ao público para afastar de vez a torrente das mais desencontradas especulações.

Anônimo disse...

Caro poster,

minha opinião acerca do assunto é a seguinte: Por anos a fio, a categoria se prestou às posturas incendiárias dos, hoje, "governeiros de plantão". Não queriam saber de possibilidade orçamentária, razoabilidade das propostas, reposição gradual de perdas, enfim, todos os mesmos argumentos que os que hoje deles se valem, repeliram no passado. Logo, dificil é esperar que novas, e mais inteligentes, práticas sejam postas em prática. O know-how é o mesmo, tumultuar!! Eles se merecem! Viva o caos!

Anônimo disse...

NÃO É SÓ O DIREITO DE IR E VIR QUE É OBSTRUÍDO.MAIS GRAVE:A NECESSIDADE DE IR E VIR DE CADA CIDADÃO -DESEMPEGADO OU NÃO, APOSENTADO OU NÃO,COM SAÚDE OU NÃO-QUE É PREJUDICADO.

Poster disse...

Anônimo das 16:18,
Pois é. Parou por quê?
Vou postar seu comentário na ribalta, neste sábado.
Abs.

Poster disse...

Anônimos das 16:19 e das 17:36,
Realmente, o desrespeito aos direitos dos que não têm nada a ver com a greve é flagrante.
Vou postar o comentário de vocês neste sábado.
Abs.

Anônimo disse...

A questão é saber o porquê da omissão do Ministério Público em providenciar ação de não fazer contra esses sindicatos que nada tem o que fazer senão atrapalhar a vida das pessoas.....