segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nova versão sobre dossiê cita traição a Dilma

Em O GLOBO:

Numa ação preventiva em relação à investigação da Polícia Federal sobre a produção e o vazamento do dossiê com gastos secretos do governo Fernando Henrique, o Palácio do Planalto ensaia novo discurso: a de que chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi traída. Seria um argumento semelhante ao utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, durante o episódio do mensalão. No auge da crise, Lula se disse traído, mas não citou nomes. Dilma deverá ser perguntada sobre o dossiê em seu depoimento na Comissão de Infra-estrutura do Senado, na quarta-feira.
Já há quem defenda que Dilma sacrifique uma pessoa de sua confiança, na eventualidade de a PF concluir que o dossiê foi elaborado com objetivos políticos. Nesse caso, assessores palacianos falam até na secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Mas, até o momento, Dilma tem feito uma defesa enfática de Erenice, seu braço direito.
Segundo um auxiliar direto do presidente Lula, essa estratégia está condicionada à possibilidade de o relatório da investigação apontar que partiu do quarto andar do Planalto, onde está localizada a Casa Civil, a ordem para a confecção do dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique. De qualquer forma, a definição do núcleo do governo é encerrar o episódio o mais rapidamente possível.

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