domingo, 25 de maio de 2008

“Não se pode perder tempo, os pacientes têm pressa!”

Da leitora Zulma, sobre a postagem STF volta a discutir pesquisas com células-tronco:

Que tal lembrar que células-tronco embrionárias não têm potencial terapêutico devido à rejeição, e citar as células adultas iPS como a melhor alternativa? Não se pode perder tempo, os pacientes têm pressa!
“Pesquisa com células embrionárias fracassou” (www.andoc.es/)
Foi declarado pela Dra. Natalia López Moratalla, catedrática de Biologia Molecular e Presidente da Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica, que “as células-tronco embrionárias fracassaram; a esperança para os enfermos está nas células adultas”. Durante a conferência que foi organizada pela Associação Nacional para a Defesa do Direito à Objeção de Consciência (ANDOC), na Academia de Medicina de Granada, a pesquisadora afirmou que “hoje a pesquisa derivou decididamente para o emprego das células-tronco 'adultas', que são extraídas do próprio organismo e que já estão dando resultados na cura de doentes”.
Segundo López Moratalla, “existem cerca de 600 protocolos que utilizam células-tronco adultas, e não se apresentou nenhum com células de origem embrionária”. As células adultas “possuem o mesmo potencial de crescimento e de diferenciação das células-tronco embrionárias - células iPS (induced pluripotent stem (iPS) cells) - e substituem muito bem as possibilidades de biotecnologia sonhadas para aquelas”.
“As últimas descobertas sobre as possibilidades terapêuticas das células-tronco adultas põem em suspeita, abertamente, as duas grandes ‘promessas’ propiciadas pela nova lei espanhola de biomedicina: o uso e criação de embriões para pesquisa, e a chamada clonagem terapêutica. Aos graves problemas éticos já conhecidos (a destruição indiscriminada de milhares de embriões
humanos), se unem evidências científicas que questionam cada vez mais sua utilidade terapêutica”, afirmou a pesquisadora.
“As células-tronco embrionárias fracassaram. Pelo peso de sua própria irracionalidade, caiu o uso terapêutico de células provenientes de embriões gerados por fecundação ou de células humanas provenientes da transferência nuclear a óvulos (o que se conhece por clonagem terapêutica)”, reiterou.
É importantíssimo acrescentar as palavras do Dr. Shynia Yamanaka, mencionadas em seu recente artigo de revisão: “Embryonic stem cells are promising donor cell sources for cell transplantation therapy, which may in the future be used to treat various diseases and injuries. However, as in the case for organ transplantation, immune rejection after transplantation is a potential problem with this type of therapy” (‘Pluripotency and nuclear reprogramming’, Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 363(1500):2079-87, Jun 2008).
Aproveito para endossar as palavras da geneticista Paula Costa: “o comentário sobre a utilização de células-tronco embrionárias ao invés de adultas, com objetivos de obter financiamento, é absurdo” (Folha Online 27/04/2008).

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