quinta-feira, 22 de maio de 2008

STF volta a discutir pesquisas com células-tronco

A polêmica questão sobre a legalidade das pesquisas com células-tronco embrionárias deve voltar a ser discutida no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira (28) a partir das 8h30. Segundo a assessoria do tribunal, o anúncio partiu do próprio presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.
O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), protocolada pelo ex- procurador-geral da República, Claudio Fonteles, que contesta o uso de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa científica, começou no dia 5 de março deste ano. A sessão foi interrompida após a pedido do ministro Carlos Alberto Direito, que solicitou mais tempo para estudar o tema.
“A matéria é de alta complexidade. O dever dessa Corte é fazer uma reflexão profunda, por isso peço vista do processo”, afirmou Direito, ao justificar seu pedido.
Na ocasião, o relator da ação, Carlos Ayres Britto, e a então presidente da corte, ministra Ellen Gracie votaram a favor da liberação das pesquisas.
Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Fonteles critica a elaboração da Lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso após intenso embate em 2005, condena a falta de investimentos do Ministério da Saúde em pesquisas voltadas para doenças degenerativas e reclama maior fiscalização sobre as clínicas de reprodução assistidas.
“Por que nossos cientistas não mergulham para achar outras variáveis? Num quadro de cem variáveis, eu só estou tirando uma e dizendo o seguinte: olha, esquece essa aqui porque ela está matando, e não é justo matar para curar”, afirma Fonteles.
Por outro lado, os que defendem as pesquisas alegam que essas células embrionárias são as únicas com potencial para se transformar em qualquer outra célula do corpo humano. Justamente por isso, elas teriam maior chance de gerar resultados positivos na busca pela cura de doenças degenerativas, genéticas e causadas por lesões medulares.

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3 comentários:

Zulma Peixinho disse...

Que tal lembrar que células-tronco embrionárias não têm potencial terapêutico devido à rejeição, e citar as células adultas iPS como a melhor alternativa? Não se pode perder tempo, os pacientes têm pressa!
“Pesquisa com células embrionárias fracassou” (www.andoc.es/)
Foi declarado pela Dra. Natalia López Moratalla, catedrática de Biologia Molecular e Presidente da Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica, que “as células-tronco embrionárias fracassaram; a esperança para os enfermos está nas células adultas”. Durante a conferência que foi organizada pela Associação Nacional para a Defesa do Direito à Objeção de Consciência (ANDOC), na Academia de Medicina de Granada, a pesquisadora afirmou que “hoje a pesquisa derivou decididamente para o emprego das células-tronco 'adultas', que são extraídas do próprio organismo e que já estão dando resultados na cura de doentes”.
Segundo López Moratalla, “existem cerca de 600 protocolos que utilizam células-tronco adultas, e não se apresentou nenhum com células de origem embrionária”. As células adultas “possuem o mesmo potencial de crescimento e de diferenciação das células-tronco embrionárias - células iPS (induced pluripotent stem (iPS) cells) - e substituem muito bem as possibilidades de biotecnologia sonhadas para aquelas”.
“As últimas descobertas sobre as possibilidades terapêuticas das células-tronco adultas põem em suspeita, abertamente, as duas grandes ‘promessas’ propiciadas pela nova lei espanhola de biomedicina: o uso e criação de embriões para pesquisa, e a chamada clonagem terapêutica. Aos graves problemas éticos já conhecidos (a destruição indiscriminada de milhares de embriões
humanos), se unem evidências científicas que questionam cada vez mais sua utilidade terapêutica”, afirmou a pesquisadora.
“As células-tronco embrionárias fracassaram. Pelo peso de sua própria irracionalidade, caiu o uso terapêutico de células provenientes de embriões gerados por fecundação ou de células humanas provenientes da transferência nuclear a óvulos (o que se conhece por clonagem terapêutica)”, reiterou.
É importantíssimo acrescentar as palavras do Dr. Shynia Yamanaka, mencionadas em seu recente artigo de revisão: “Embryonic stem cells are promising donor cell sources for cell transplantation therapy, which may in the future be used to treat various diseases and injuries. However, as in the case for organ transplantation, immune rejection after transplantation is a potential problem with this type of therapy” (‘Pluripotency and nuclear reprogramming’, Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 363(1500):2079-87, Jun 2008).
Aproveito para endossar as palavras da geneticista Paula Costa: “o comentário sobre a utilização de células-tronco embrionárias ao invés de adultas, com objetivos de obter financiamento, é absurdo” (Folha Online 27/04/2008).

Poster disse...

Olá, Zulma.
Se não estou enganado, você já tratou do mesmo assunto no Espaço Aberto, em oportunidade anterior. E ainda que esta seja sua primeira participação, seus comentários - fartamente informativos - são excelentes para refletirmos sobre o assunto.
O blog vai postá-la na ribalta neste domingo, sem falta.
Abs. e um bom final de semana.

Milton Fernandes Peixinho disse...

Milton Fernandes Peixinho
São Paulo, 25 de agosto de 2008.
As pesquisas com células-tronco, precisam ser aprovadas!
Pesquisas existem para se obter novas soluções!
Dificuldades existentes hoje, podem amanhã não mais existir, diante de novas descobertas!
Vamos nos preocupar com as pessoas que irão ser beneficiadas e que sonham em voltar a andar, por exemplo!
Que tal deixar o vedetismo de lado?
"PESQUISAS JÀ!"