Na bolsa de apostas tucana, ninguém quer apostar nada

O circuito por onde avoejam os tucanos está marcado por especulações. E ninguém, entre os membros das bancadas estadual e federal do partido, é capaz de prever o que será decidido na reunião de hoje à noite, quando o tema eleições 2008 em Belém estará na pauta do encontro dos parlamentares com o ex-governador Simão Jatene.
Deputados federais e senadores, além dos deputados estaduais, estão certos de que, por tudo o que já ouviram da boca do próprio Jatene, o ex-governador deve firmar posição contrária em disputar o pleito.
E assim que repetir aos parlamentares o que tem repetido exaustivamente, em encontros coletivos e individuais, Jatene terá pela frente uma questão básica, mas crucial: se ele mesmo não pretende concorrer ao cargo, então quais os caminhos que aponta? E quais os nomes que o PSDB tem à mão para disputar a sucessão de Duciomar Costa? O que é melhor: uma aliança com Duciomar, tendo o prefeito como cabeça de chapa, evidentemente, ou uma chapa que tenha Jatene para prefeito e Valéria Pires Franco para vice, repetindo a dobradinha nas eleições para o governo do Estado, em 2002?
Do final de semana para cá, subiu de cotação o nome do deputado federal Zenaldo Coutinho como alternativa a uma candidatura própria. Mas há outros tucanos que defendem com unhas e dentes o apoio do PSDB ao DEM de Valéria; e, por fim, ainda há a possibilidade de composição do PSDB com o PTB do prefeito Duciomar Costa.
São tantas as alternativas e tão grande é o contorcionismo para não deixarem o muro que, por enquanto, os tucanos não arriscam palpites. Por enquanto.