quinta-feira, 22 de maio de 2008

Greve de rodoviárias está prevista para a próxima terça

No AMAZÔNIA:

Os rodoviários de Belém e Ananindeua devem mesmo deflagrar greve na próxima terça-feira, 27. Ontem à noite, em uma assembléia geral na sede do Carrossel, em São Brás, os trabalhadores decidiram manter o estado de greve. A paralisação propriamente dita, no entanto, só deve começar depois da reunião marcada com a patronal para a próxima segunda-feira, 26, no prédio da Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Após o encontro, a categoria deve realizar uma nova assembléia, na frente da DRT, para sacramentar os rumos do movimento. A expectativa da maior parte dos trabalhadores, porém, é de que mais uma vez não haja acordo e a greve seja deflagrada.
Desde o início do mês, o Sindicato dos Rodoviários de Belém e Ananindeua e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Belém (Setransbel) vêm travando rodadas de negociações para discutir temas como o reajuste salarial, o valor do tíquete-alimentação e a carga horária da categoria, entre outros temas. O principal impasse diz respeito justamente à jornada de trabalho. Enquanto os trabalhadores desejam a redução para seis horas diárias, a patronal não só não aceita como quer aumentar a carga, que é de 7h20 atualmente para oito horas diárias. 'Eles estão irredutíveis nessa questão. E a categoria não vê outra alternativa que não greve, pois já estamos esgotando todas as possibilidades de negociação. Por isso, hoje, estamos cumprindo o nosso papel e avisando a respeito do estado de greve', destacou Sandro Luís, um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários de Belém.
Segundo o sindicato, os trabalhadores de Belém já tiveram várias reuniões com a patronal, tendo como mediadora a DRT. Todas foram infrutíferas, pois, os empresários não aceitam nem analisar as reivindicações da categoria. Entre as exigências dos rodoviários estão um reajuste de 10% nos salários; aumento no vale-alimentação de R$ 220 para R$ 300; garantia de manutenção do cargo de cobrador; não-pagamento de assaltos; adoção de um Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLL) e a redução na jornada de trabalho para seis horas diárias.
Segundo Altair Brandão, presidente do sindicato, os empresários estão usando a estratégia de não negociar para que a categoria entre em greve e, assim, eles possam usar a paralisação como moeda de barganha com a prefeitura, na discussão em torno do aumento da passagem.

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