Integrantes do G10, o grupo apartidário que atua na Assembléia Legislativa do Estado, têm encontro marcado com o chefe da Casa Civil do governo do Estado nos próximos dias, provavelmente na semana que vem.
Será o primeiro encontro entre Puty e o grupo inteiro. Inteirinho. Todos os dez deputados reunidos, a saber: João Salame (PPS); Márcio Miranda e Haroldo Martins, do DEM; Adamor Aires e Júnior Hage, do PR; Zé Neto (PP); Cezar Colares e Ana Cunha, do PSDB; Luiz Afonso Sefer (DEM) e Roberto Santos (PRB).
O inteirinho que você leu não é força de expressão. É preciso ressaltá-lo como instrumento de unidade que o G10 pretende fazer valer para garantir sua permanência na Assembléia e livrá-lo das tentativas de implodi-lo.
Isso mesmo: os dez integrantes do G10 estão absolutamente convictos de que Cláudio Puty tentou implodir o grupo, tentando cooptar seus integrantes individualmente para individualmente negociar com eles.
“O Puty assumiu sem saber quem éramos. Assumiu como uma visão preconceituosa sobre nós. Deixou-se contaminar pelas informações de que somos fisiológicos. Não somos fisiológicos. Não queremos cargos. Não temos parentes neste governo. Não praticamos o nepotismo. Não praticamos o clientelismo. Queremos e defendemos o nosso direito, como parlamentares, de defender os interesses de nossos municípios”, resumiu ao blog um dos integrantes do G10 com quem o Espaço Aberto conversou.
O blog, em verdade, conversou com dois deputados do G10. E o que ambos narraram, sobre as tentativas de Cláudio Puty de implodir a unidade do Grupo, coincide perfeitamente.
Alcântara era bom, mas só de conversa
Ao contrário do que se imaginava, os dois deputados do G10 garantem que o ex-chefe da Casa Civil, Charles Alcântara, não atendeu a nenhuma das demandas do G10. Nenhuma. “Ele [Alcântara] era bom de diálogo, de conversa, de entendimento. Mas não resolvia nada, absolutamente nada. Recebia as nossas ligações, conversava conosco, mas não encaminhava os nossos pedidos”, garantiu um dos deputados.
Os dois parlamentares afirmam que Puty, ao assumir a Casa Civil, trouxe consigo a impressão anteriormente consolidada de que o G10 - que começou com oito deputados - seria a causa das crises políticas que têm a Assembléia Legislativa como epicentro.
“Eles [os governistas] estão enganados. Nunca fomos causa de crise nenhuma. Os petistas, sim, foram causadores de crises. Como a Regina Barata, no caso da nomeação do Daniel Lavareda para o TCM, e o [Carlos] Bordalo, no caso dos temporários, são exemplos disso. O G8 e agora o G10 nunca foi motivo de crises”, avalia um dos deputados do Grupo.
O parlamentar considera que Puty, além de ter-se contaminado por informações que o próprio deputado considera distorcidas sobre o G10, deve ter avaliado a própria força do Grupo, que tem pretensões, até mesmo por sua representatividade numérica, de influenciar na eleição da próxima Mesa da Assembléia.
Há poucos dias, no entanto, a imagem de Puty sobre o G10 teria começado a mudar. E mudar para melhor; ou para menos pior, segundo garante um dos deputados do Grupo: “Um dos deputados do G10 já conversou pessoalmente com o secretário Cláudio Puty. Explicou-lhe quais as nossas pretensões. Explicou o que queremos. Puty compreendeu perfeitamente nossos objetivos. E os nossos objetivos não comportam o fisiologismo”, reforçou o parlamentar.
Mas uma coisa é certa: os dois deputados garantem que é decisão fechada entre o G10 só aceita negociação coletiva. Qualquer negociação terá que ser processada coletivamente. Por isso é que a conversa de Puty com o G10 será com o grupo inteiro.
Inteirinho, conforme já se disse.
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