Em O ESTADO DE S.PAULO:
A resistência de comunidades indígenas está atrasando a avaliação do potencial hidrelétrico de quatro bacias da Amazônia, informou ontem ao Estado o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Segundo ele, há estudos com atraso superior a um ano, por causa da obstrução da entrada dos técnicos nas reservas próximas às áreas em análise. "Se o problema não for solucionado, aumenta o risco de termos que colocar mais térmicas no sistema."
A EPE encontra dificuldades de concluir os trabalhos nas bacias dos rios Aripuanã e Juruena, em Mato Grosso; Branco, Roraima e Araguaia, no Tocantins (este último em fase de avaliação ambiental integrada). Os estudos fazem parte de um esforço da empresa para identificar novas usinas para leilão. Nesse sentido, a EPE fechou a avaliação do rio Teles Pires, também em Mato Grosso, onde identificou cinco potenciais usinas, com capacidade superior a 3 mil megawatts (MW).
De acordo com Tolmasquim, nas bacias onde enfrentam resistência, os técnicos sequer são autorizados a fazer as medições necessárias. As operações são coordenadas com a Fundação Nacional do Índio (Funai), que age como interlocutor entre as equipes técnicas e as comunidades indígenas, mas não tem poder para interferir na decisão dos líderes locais.
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