sexta-feira, 9 de maio de 2008

“Ana Júlia valoriza a casca e esquece o fator humano”

No AMAZÔNIA:

Uma reunião entre cabos, soldados e sargentos da Polícia Militar e Corpo Militar de Bombeiros debateu, ontem de manhã, na Associação de Cabos e Soldados, a questão dos salários, carga horária e leis que deveriam beneficiar policiais encarregados de prestarem serviço para a segurança pública no Estado do Pará. O presidente da entidade, cabo PM Deonildo Gomes, disse que em função do encontro marcado para ontem, os comandantes procuraram manter os policiais aquartelados, uma manobra para evitar as reivindicações da classe.
De acordo com Deonildo, a governadora Ana Júlia Carepa, ao investir cerca de R$ 2 milhões na aquisição dos novos uniformes para a Polícia Militar, está 'valorizando a casca em detrimento ao ser humano', que necessita estar bem para poder servir a sociedade.
Deonildo lembrou que na tabela salarial, o Governo do Estado fez apenas a reposição de perdas porque foi obrigado por lei. Foram dados, para os soldados, 9,2%, que aumentou R$ 35 no soldo, mas os cabos, por sua vez, tiveram apenas 4%, com um aumento da ordem de R$ 16. Os sargentos de todas as categorias e sub-tenentes não receberam nada, nem reposição e nem defasagem salarial em relação à inflação, gerando insatisfação entre os policiais que pretendem, desta forma, sensibilizar a sociedade e os deputados estaduais e federais para a causa.
Outro ponto destacado pelos policiais e bombeiros militares, pontuou Deonildo, é com relação à carga horária a que estão sendo submetidos. Em 2002, eles trabalhavam cerca de 150 horas. No mesmo ano foi aumentada para 360 horas não apenas para os comandos, como também, para o Governo do Estado.
Assim, acrescentou Deonildo, os militares estão reivindicando da governadora Ana Júlia Carepa o estabelecimento de uma carga horária mais humana e que seja respeitada pelos comandos da PM e dos Bombeiros. Pedem, ainda, gratificação de 70% por tempo integral e 70% por dedicação exclusiva. Por fim, a Associação dos Cabos e Soldados da PM e Corpo de Bombeiros Militar faz reivindicações em relação ao salário dos servidores inativos. 'Tem servidor recebendo R$ 170, R$ 102,e o policial ou bombeiro que trabalha hoje é o inativo de amanhã e não temos como sobreviver com esses salários.

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