No AMAZÔNIA:
O presidente da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), Josimar Elízio Barbosa, 51 anos, foi assassinado na noite de quarta-feira, com treze tiros, por dois pistoleiros que estavam em uma motocicleta. A vítima estava sentada em seu carro, no banco do motorista, aguardando que um familiar abrisse o portão de sua residência, no bairro de Laranjeiras, em Marabá, no sudeste do Pará. Um homem que estava na garupa da moto desceu, se aproximou do veículo, sacou a arma e efetuou os disparos que atingiram o peito e a cabeça do líder dos garimpeiros. Barbosa foi socorrido por parentes e vizinhos, mas morreu a caminho do hospital.
Josimar Barbosa havia havia sido afastado no ano passado da direção da cooperativa, mas no começo da semana obteve liminar da Justiça para voltar ao cargo, o que deveria acontecer hoje. Jurado de morte por grupos rivais que disputam o controle da Coomigasp, Barbosa andava ultimamente acompanhado por três seguranças. Nenhum dos homens estava ao seu lado na hora do atentado e essa informação provavelmente era de conhecimento dos pistoleiros que o mataram. A viúva e o amigo que acompanhavam a vítima prestaram depoimento à polícia, mas não conseguiram identificar os criminosos.
Em junho de 2004, a vítima teve papel de destaque na assinatura do contrato entre a Coomigasp e a empresa norte-americana de lapidação de pedras preciosas Phoenix Gems, hoje responsável pela exploração mecanizada de aproximadamente 25 toneladas de ouro ainda não exploradas no garimpo de Serra Pelada. Barbosa atraiu o ódio de rivais porque sempre dizia que somente os 10 mil associados da cooperativa teriam direito aos royalties da extração de ouro pela empresa norte-americana. Outros 40 mil garimpeiros, representados pelo Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada e por duas cooperativas da região, também dizem ter direitos sobre a exploração.
O delegado Vanildo Oliveira, da Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE), seguiu no começo da tarde de ontem para Marabá, onde irá acompanhar as investigações. Ainda não há pistas dos assassinos. O clima no povoado de Serra Pelada, de 18 mil habitantes, é tenso porque partidários de Barbosa prometem vingança. A Polícia Militar de Marabá mandou reforço para o garimpeiro, temendo distúrbios nas ruas e invasão da sede da Coomigasp.
No período mais intenso de extração de minério em Serra Pelada, entre 1980 e 1983, o garimpo produziu 29,9 toneladas de ouro e chegou a atrair mais de 100 mil homens. No lugar da serra, ficou um buraco de cem metros de profundidade, hoje coberto por água, e vários montes de rejeitos que só podem ser explorados por processo mecânico.
O presidente da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), Josimar Elízio Barbosa, 51 anos, foi assassinado na noite de quarta-feira, com treze tiros, por dois pistoleiros que estavam em uma motocicleta. A vítima estava sentada em seu carro, no banco do motorista, aguardando que um familiar abrisse o portão de sua residência, no bairro de Laranjeiras, em Marabá, no sudeste do Pará. Um homem que estava na garupa da moto desceu, se aproximou do veículo, sacou a arma e efetuou os disparos que atingiram o peito e a cabeça do líder dos garimpeiros. Barbosa foi socorrido por parentes e vizinhos, mas morreu a caminho do hospital.
Josimar Barbosa havia havia sido afastado no ano passado da direção da cooperativa, mas no começo da semana obteve liminar da Justiça para voltar ao cargo, o que deveria acontecer hoje. Jurado de morte por grupos rivais que disputam o controle da Coomigasp, Barbosa andava ultimamente acompanhado por três seguranças. Nenhum dos homens estava ao seu lado na hora do atentado e essa informação provavelmente era de conhecimento dos pistoleiros que o mataram. A viúva e o amigo que acompanhavam a vítima prestaram depoimento à polícia, mas não conseguiram identificar os criminosos.
Em junho de 2004, a vítima teve papel de destaque na assinatura do contrato entre a Coomigasp e a empresa norte-americana de lapidação de pedras preciosas Phoenix Gems, hoje responsável pela exploração mecanizada de aproximadamente 25 toneladas de ouro ainda não exploradas no garimpo de Serra Pelada. Barbosa atraiu o ódio de rivais porque sempre dizia que somente os 10 mil associados da cooperativa teriam direito aos royalties da extração de ouro pela empresa norte-americana. Outros 40 mil garimpeiros, representados pelo Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada e por duas cooperativas da região, também dizem ter direitos sobre a exploração.
O delegado Vanildo Oliveira, da Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE), seguiu no começo da tarde de ontem para Marabá, onde irá acompanhar as investigações. Ainda não há pistas dos assassinos. O clima no povoado de Serra Pelada, de 18 mil habitantes, é tenso porque partidários de Barbosa prometem vingança. A Polícia Militar de Marabá mandou reforço para o garimpeiro, temendo distúrbios nas ruas e invasão da sede da Coomigasp.
No período mais intenso de extração de minério em Serra Pelada, entre 1980 e 1983, o garimpo produziu 29,9 toneladas de ouro e chegou a atrair mais de 100 mil homens. No lugar da serra, ficou um buraco de cem metros de profundidade, hoje coberto por água, e vários montes de rejeitos que só podem ser explorados por processo mecânico.
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