terça-feira, 6 de maio de 2008

Agentes cruzam braços em Ananindeua

No AMAZÔNIA:

Os agentes de combate à dengue de Ananindeua decidiram ontem, em assembléia improvisada em plena BR-316, entrar em greve por melhores salários. Depois de fechar o tráfego na rodovia por dez minutos, e tentar, sem sucesso, se reunir com o prefeito Helder Barbalho, eles decidiram efetivar a paralisação, que já estava sendo ensaiada há pelo menos dez dias. O fechamento da via, em frente à prefeitura, causou bate-boca entre manifestantes e motoristas, com o congestionamento, que se estendeu até a entrada de Marituba.
Os agentes da dengue queriam ouvir do prefeito uma resposta sobre a pauta de reivindicações da categoria, protocolada no dia 4 de abril na prefeitura, ou que uma comissão formada pelas lideranças do movimento fosse recebida pelo prefeito. Uma representante da prefeitura tentou dialogar com os manifestantes, pedindo que eles formassem a comissão que deveria se reunir com a procuradora do município, Laura Pontes, e com a secretária de Saúde, Gisela Sequeira. Até o meio-dia, a secretária não havia chegado ao prédio e, sem nenhuma resposta, os manifestantes decidiram deflagrar a greve. Em nota, a prefeitura alega que os manifestantes se recusaram ser recebidos.
'Nós desistimos de falar com a secretária. Eles nos deram um prazo final para apresentar uma proposta, até 28 (de abril), mas não se pronunciaram até agora e nem convocaram uma nova reunião. Viemos aqui, tentar ouvir do prefeito Hélder alguma solução, mas ninguém quis nos receber. Agora a secretária diz que vai se reunir com a categoria?', reclama o agente Alessandro Maia. A manifestação de ontem foi a terceira, em menos de dez dias, em que os agentes tentaram discutir o reajuste salarial com a prefeitura.
Além da equiparação salarial com os agentes de saúde federais, em conformidade com a lei federal 11.350/06, os manifestantes querem que a data-base do pagamento do vale-transporte seja fixada até o 5º dia útil do mês e que o adicional de insalubridade, de 20% sobre o salário, volte a ser pago. De acordo com as lideranças do movimento, a redução salarial da categoria se deve, em parte, pelo fim do pagamento do adicional de insalubridade, desde maio de 2006.

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