É mais do que certo que o povo, como ensina o ditado popular, aumenta mas não inventa.
No início da madrugada de ontem, tão logo o blog foi informado de que o elevador do Torre de Alhambra despencara, as primeiras informações, fornecidas inclusive por alguns moradores do edifício, por telefone, garantiam que os ferimentos que as vítimas teriam sofrido eram os mais horrorosos possíveis.
“Uma mulher está com um dos pés quase pendurado”, contava um. Outro dava conta de que o elevador despencara do 17º andar. E outros ainda diziam que a queda ocorrera a partir do 2º andar.
Com todo esse desencontro, está mais do que claro que uns aumentaram a história até demais – como o da história do pé pendurado e da queda do elevador do 17º andar -, enquanto outros a reduziram excessivamente, como o que disse que o elevador desgovernou-se apenas do 2º andar para baixo. Os que aumentaram ou diminuíram a hostória, todavia, não inventaram. Porque o essencial era se o acidente realmente havia ocorrido. E de fato havia.
Em boa conta, a desinformação decorria do nervosismo que tomou conta de todos os moradores do edifício, alguns dos quais tinham filhos menores de idade – crianças, ainda – trançando nos elevadores do prédio em visita a outros apartamentos. Quando correu a informação de que o elevador despencara, era mais quem procurava pelos seus.
Uma coisa é certa: ainda há muito o que explicar em relação à manutenção do elevador social do Torre de Alhambra, que, segundo o depoimento das vítimas e de vários moradores, já apresentara problemas outras vezes. E isso vai ser esclarecido pela perícia, cujo laudo, estimam os bombeiros, será emitido na próxima quarta-feira.
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