sábado, 22 de março de 2008

Até na malhação o “mole” corre solto

Para muita gente, não passou despercebido um detalhe curioso – mas ao mesmo tempo revelador – exposto em matéria que a TV Liberal exibiu em seu telejornal de ontem à noite.
A matéria tratava da tradicional malhação de Judas, que o bairro da Cremação promove todos os anos, no Sábado de Aleluaia. A malhação de hoje começa daqui a pouco.
Pois é. Um dos organizadores da festa em que se transforma a surra anual no boneco que lembra o traidor de Jesus contou, com muito bom humor, que várias pessoas do bairro com culpas no cartório, e que por isso mesmo temem virar o Iscariotes, costumam achegar-se dos membros comissão organizadora da malhação para prometer-lhes “o da cerveja”, caso não sejam execradas no dia malhação.
A ser verdade, é impressionante. Até mesmo numa brincadeira – marcada pela irreverência a toda a prova – há gente que não se contém em oferece o mole para beneficiar-se dos favores de quem recebe o mole.
Mole, para quem não sabe, é dindim, a ponta, o trocado, o da cerveja, para que o outro faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Não tem como o pessoal da Cremação malhar esse costume nas próximas malhações?

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