sábado, 23 de fevereiro de 2008

Ato de força é gesto político para conter madeireiros

Um consenso político foi determinante para a deflagração em Tailândia, na manhã deste sábado, de operação conjunta envolvendo 600 homens da Força Nacional e da Polícia Militar: o de que seria imprescindível os governos federal e estadual exibirem agora um ato de força – que nos círculos palacianos prefere-se chamar de “ato de rigor” – para conter o gás de madeireiros que financiam manifestações e depredações no município em protesto contra fiscalizações do Ibama.
O discurso da governadora Ana Júlia Carepa logo depois dos incidentes do início da semana não deixaram dúvidas, ao sinalizar essa disposição política de partir para o enfrentamento. “Vamos continuar a operação contra o desmatamento ilegal, nem que eu tenha de andar de colete à prova de bala”, disse a governadora, ao lançar o programa Extinção Zero, na quarta-feira passada.
Ali estava dada a senha para a operação de agora. Sem que a governadora precise usar colete à prova de balas. Mas os homens da Força Nacional e da Polícia Militar precisam. E como!

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