Em ESTADO DE S.PAULO:
Uma operação conjunta da Força Nacional e Polícia Militar (PM), reunindo cerca de 600 homens com o apoio de três helicópteros, deve ocupar hoje e amanhã a cidade de Tailândia, de 53 mil habitantes e a 150 quilômetros de Belém. O objetivo é conter protestos de madeireiros revoltados com uma megaoperação de fiscalização contra a extração e venda de madeira ilegal no Pará.
A presença das tropas visa garantir a retirada de 15 mil metros cúbicos de madeira apreendida na semana passada durante a Operação Guardiães da Amazônia, organizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
A PM levou para o município seu pelotão de choque, cavalaria e canil, que sairiam de Belém durante a madrugada. O alto comando da PM passou o dia de ontem reunido, tratando dos últimos detalhes da operação. A idéia da operação era de que a cidade amanhecesse hoje já com a presença da Força Nacional e dos policiais paraenses.
Depois de quase uma semana em silêncio, madeireiros de Tailândia mobilizaram a população para protestar contra a fiscalização. Na megaoperação iniciada no dia 11 foram autuadas sete serrarias e apreendidos cerca de 15 mil metros cúbicos de madeira ilegal. Com o começo da retirada das toras, eles reagiram. A população foi às ruas contra os fiscais da secretaria e do Ibama. Uma ponte que dá acesso à cidade, na rodovia PA-150, foi bloqueada e permaneceu assim até o início da noite de terça-feira. Devido ao clima tenso, os agentes tiveram de deixar a cidade.
Anteontem, após assistir a filmes dos tumultos, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, e representantes de outras áreas do governo trataram dos últimos preparativos para a operação Arco de Fogo, contra o desmatamento. A mobilização deve começar nos próximos dias.
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