Em O ESTADO DE S.PAULO:
Planalto apressa partilha de cargos para impedir derrubada de pacote
Objetivo do governo é garantir apoio da base para aprovar aumento da alíquota da CSLL, além do Orçamento
O governo começará a pagar neste mês a fatura referente à distribuição de cargos para pedir novo apoio da base aliada contra as investidas dos adversários, que ameaçam não votar o Orçamento-Geral da União e derrubar o pacote tributário com elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Informado de que deputados e senadores aliados podem se juntar à oposição se houver tesourada nas emendas de bancada para compensar a perda de R$ 40 bilhões da Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinal verde para o preenchimento dos postos.
“Precisamos chegar em fevereiro com todas as nuvens dissipadas”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que ontem conversou com Lula. “Nosso universo é curtíssimo para a execução do Orçamento e qualquer ameaça tem de ser levada em conta. Agora é hora de usar as duas orelhas: vamos ouvir os líderes, ver em que áreas é possível cortar R$ 20 bilhões e tentar resolver as demandas reprimidas nos Estados.”
Lula pretende nomear nos próximos dias o senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério das Minas e Energia. Desde maio, quando o então ministro Silas Rondeau foi abatido pela Operação Navalha, da Polícia Federal, a cadeira é ocupada por Nelson Hubner. Depois desse anúncio, o governo preencherá as diretorias da Eletrobrás, da Eletronorte e da Eletrosul. Há, ainda, cerca de 300 cargos regionais vagos em diversas áreas, como transportes e saúde, reclamados por 9 entre 10 partidos aliados.
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