Na FOLHA DE S.PAULO:
Pressionado, governo agora admite fazer cortes no PAC
Articulação do Planalto enfrenta resistência a redução de emendas parlamentares
Com receio de inviabilizar suas relações com o Congresso, o governo já admite cortar recursos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em vez de mexer nas emendas parlamentares para compensar o rombo no Orçamento deste ano provocado pelo fim da CPMF.
Depois de reunião no Palácio do Planalto, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que "o PAC não é intocável" e que vai retomar as conversas com a base aliada e com a oposição.
A possibilidade de cortes no PAC contraria a previsão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de poupar seu principal programa de investimentos no ano em que haverá eleições municipais. O PAC completa um ano no próximo dia 22.
Jucá reuniu-se no Planalto com os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento). "É possível que determinada obra do PAC possa ter corte se não estiver andando direito", disse Jucá. "A prioridade é preservar o PAC, mas eventualmente pode ter corte como qualquer outra área. Nada é intocável", completou.
Jucá insistiu ainda que a decisão final será do Congresso. "O governo e o Paulo Bernardo podem sugerir, mas quem vai mexer no Orçamento não é ele. É o Congresso", disse.
O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB), afirmou que há dificuldades para fazer cortes em emendas parlamentares. Antes mesmo da reunião de Jucá no Palácio do Planalto, Maranhão também já admitia cortes no PAC.
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