sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A carta-continência dos coronéis

Coronéis que integram o alto comando da Polícia Militar do Estado fizeram publicar uma carta em que expressam solidariedade ao comandante-geral da corporação, coronel Luiz Cláudio Ruffeil.

A questão é saber se realmente todos os integrantes assinaram a carta. Há quem diga que não. O certo é que a carta não menciona o nome do major Walber Wolgrand Menezes Marques, mas é a ele, claramente, que o texto se dirige.

Conforme revelou o Espaço Aberto, Wolgrand mandou no final do ano passado, à governadora Ana Júlia Carepa, um ofício em que faz duras acusações ao comandante-geral. Denunciou sobretudo desvios de funções na PM e a grande quantidade de policiais que servem a outros órgãos e empresas particulares.

Agora, a PM oficialmente responde ao major, que rejeita a acusação de que faria parte de tal grupo talibã, que teria a propósito de desestabilizar o comando-geral da corporação.

A carta dos coronéis diz, por exemplo, que é preciso esclarecer a sociedade sobre "inverdades, injúrias, calúnias, difamações, bem como quanto às alegações aéticas, descompromissadas, desprovidas de bases legais que tenham o desiderato de ferir a imagem da Corporação Policial Militar Paraense, seus integrantes e seu digno comandante, e que há algum tempo têm sido veiculadas na mídia."

Diz ainda que Ruffeil tem "demonstrado esforço incomum no sentido de, de forma inovadora, nortear as decisões provenientes de seu comando, tanto que as decisões operacionais e administrativas são inclusive discutidas de forma técnica, estratégica e democrática em reuniões do Alto Comando da Corporação, onde participam todos os oficiais do último posto."

Finaliza a carta: "Os oficiais superiores, intermediários e subalternos, bem como as praças de nossa Polícia Militar reconhecem em seu comandante o líder e chefe justo, dinâmico e leal para com o desiderato maior do povo deste Estado-continente na emolduração da defesa social."

O estilo é de quem bate continência. E bater continência, em quartel, não é faculdade. É obrigação.

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