sábado, 8 de dezembro de 2007

O brega vai às aulas


A charge acima está no Blog do Waldez. Refere-se à professora de português Joana D’Arc Vieira, bregueira assumida – ou juramentada, como se diz.

Em reportagem que O LIBERAL e o AMAZÔNIA JORNAL publicaram, ela conta que há dois anos levou o brega para a sala de aula. E agora lança um livro em que reforça a valorização do ritmo paraense como material para análises literária e gramatical, e não só para a dança.

A professora usa o brega como referência para aulas de português e interpretação literária como uma forma de reagir às críticas que predominam quando se fala mal da música produzida no Pará.

Ficou indignada, particularmente, com crítica feita por Diogo Mainardi, que, em artigo na revista VEJA, classificou o estilo como "imbecilizante" por causa das letras.

Para Joana, mesmo as letras mais criticadas, como os bregas que falam em periquita e charque, têm seu valor.

Têm mesmo?

3 comentários:

Anônimo disse...

Louvável a atitude grandiosa da Professora, mas vale ressaltar que as letras do Brega, assim como do axé e outros ritimos "bregas", utilizam palavras, refrões e textos que não condizem com a idéia proposta. Assim, não é justificativa aceitável levar estes textos "bregas" para a aula. Contudo, recomendo que a professora passe a utilizar textos(letras) de tantas músicas que são ricas de literatura e, principalmente, de português.

Anônimo disse...

É verdade, Ryan. Não gosto daquela frase surrada de que gosto não se discute. Acho que se discute, sim. Acho que o brega, para quem gosta, serve mais para dançar, para se divertir. Mas para ensinar o aluno a tomar gosto pela literatura? Sei lá, acho que não. A professora tinha e tem outras formas de interessar os alunos.

J.BOSCO disse...

Não é discriminação, mas tem muita porcaria sendo musicada, também nem sei se posso chamar isso de música, o certo é que a idéia da professora é boa, agora resta saber o que ela está levando pra dentro da cabeça desses alunos.Essa molecada está se habituando a ouvir porcaria em todo canto,sem ter conhecimento do que se trata, esse perigo tem ficar só nas aparelhagens.