sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Belém não é só a nova Duque

Bancário aposentado teve a coragem, dia desses de flanar pela Padre Eutíquio, XV de Novembro, João Alfredo e adjacências, no Comércio – antigo, antiguíssimo Belocentro.
Fazia tempo que não ia por lá. E não acreditou no que viu, porque sobre o que viu só sabia de ouvir dizer.
Ficou consternado. CDs e DVDs, máquina de sorvete, barulho, imundície, as calçadas estreitas e tomadas por camelôs – uma zorra total.
O bancário voltou pra casa a jato. Muito embora more em Belém há mais de 30 anos, ele pensava, coitado, que a cidade se limitava à nova Duque.

4 comentários:

Anônimo disse...

Como o bancário, também tenho ido ao centro da cidade nos últimos dias, com maior freqüência. Como horror e nojo se combinam, o quadrilátrero que vai da Av. portugal à Presidente Cargas, da Gama abreu ao Boulevadr, é exatamente isso: horror e uma nojeira. O odor do ambiente é nauseante; o aspecto urbano é típico de país do Terceiro Mundo. A cidade perdeu a graça nessa área; sua beleza foi empanada pela miséria que à rua trouxe os desempregdos, os camelôs, os desocupados, os desprovidos de qualquer coisa. E nesse caos prospera um comércio que desafia a administração pública, totalmente engessada diante da impossibilidade de eliminar as causas, para extirpar as conseqüências de uma situação que é o retatro mais fiel de uma cidade degradada no seu centro histórico. Cenário, aliás, que se replica em proporções devidas nos centros comerciais dos bairros fora do centro. Pobre Belém!

Anônimo disse...

Anônimo,
E mesmo assim, Belém resiste. Ainda bem que resiste. Mas que é uma zorra que se torna cada vez mais zorra, isso é. Pobre Belém! - também digo eu.

Anônimo disse...

Também fiquei muito assustado quando ,outro dia, passei por essas ruas. Contando ninguém acredita. A situação, a imagem daquela área é por demais: um absurdo, um desrespeito a cidade e aos cidadãos. Só um prefeito corajoso, audacioso, com muito peito e determinação para por fim a esse descaso, a essa bagunça.Camelô pode , sim, existir em qualquer lugar do mundo. Mas não do jeito que transformaram a nossa querida Belém do Grão-Pará.

Anônimo disse...

Anônimos aí de cima: concordo em gênero, número e grau. Todos têm direito ao trabalho, todos devem trabalhar, mas nem por isso a cidade dever se transformar num campo aberto para a sujeira e a bagunça, como se vê no centro comercial. Mas resistamos!