Bancário aposentado teve a coragem, dia desses de flanar pela Padre Eutíquio, XV de Novembro, João Alfredo e adjacências, no Comércio – antigo, antiguíssimo Belocentro.
Fazia tempo que não ia por lá. E não acreditou no que viu, porque sobre o que viu só sabia de ouvir dizer.
Ficou consternado. CDs e DVDs, máquina de sorvete, barulho, imundície, as calçadas estreitas e tomadas por camelôs – uma zorra total.
O bancário voltou pra casa a jato. Muito embora more em Belém há mais de 30 anos, ele pensava, coitado, que a cidade se limitava à nova Duque.
4 comentários:
Como o bancário, também tenho ido ao centro da cidade nos últimos dias, com maior freqüência. Como horror e nojo se combinam, o quadrilátrero que vai da Av. portugal à Presidente Cargas, da Gama abreu ao Boulevadr, é exatamente isso: horror e uma nojeira. O odor do ambiente é nauseante; o aspecto urbano é típico de país do Terceiro Mundo. A cidade perdeu a graça nessa área; sua beleza foi empanada pela miséria que à rua trouxe os desempregdos, os camelôs, os desocupados, os desprovidos de qualquer coisa. E nesse caos prospera um comércio que desafia a administração pública, totalmente engessada diante da impossibilidade de eliminar as causas, para extirpar as conseqüências de uma situação que é o retatro mais fiel de uma cidade degradada no seu centro histórico. Cenário, aliás, que se replica em proporções devidas nos centros comerciais dos bairros fora do centro. Pobre Belém!
Anônimo,
E mesmo assim, Belém resiste. Ainda bem que resiste. Mas que é uma zorra que se torna cada vez mais zorra, isso é. Pobre Belém! - também digo eu.
Também fiquei muito assustado quando ,outro dia, passei por essas ruas. Contando ninguém acredita. A situação, a imagem daquela área é por demais: um absurdo, um desrespeito a cidade e aos cidadãos. Só um prefeito corajoso, audacioso, com muito peito e determinação para por fim a esse descaso, a essa bagunça.Camelô pode , sim, existir em qualquer lugar do mundo. Mas não do jeito que transformaram a nossa querida Belém do Grão-Pará.
Anônimos aí de cima: concordo em gênero, número e grau. Todos têm direito ao trabalho, todos devem trabalhar, mas nem por isso a cidade dever se transformar num campo aberto para a sujeira e a bagunça, como se vê no centro comercial. Mas resistamos!
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