O secretário de Estado de Saúde do Pará, Alberto
Beltrame, foi o prato predileto de fortes críticas de parlamentares que se pronunciaram
na sessão virtual desta quarta-feira (13), da Assembleia Legislativa
do Pará.
Beltrame, que exerceu o cargo de ministro do
Desenvolvimento Social no governo Temer, foi acusado de desrespeitar
parlamentares, ao deixar de responder a ofícios, requerimentos e outros expedientes que mandam à
Sespa, com o objetivo de tratar dos interesses das populações que representam
na Alepa.
“O secretário Beltrame não atende parlamentar. Quero
reafirmar que o secretário Beltrame foi ministro. Mas, aqui no Pará, ele é secretário
e tem obrigação de prestar informações que nós pedimos. Aqui vai o meu repúdio ao
tratamento do secretário para com o colegiado”, disse o deputado Júnior Hage
(PDT).
A deputada Paula Gomes (PSD), que tem sua base
eleitoral na região nordeste do Pará, também reclamou. “Posso mostrar aqui no
WhatsApp quantas mensagens eu já mandei e não obtenho respostas do secretário
Beltrame”, confirmou a parlamentar, que busca providências em relação a
questões de saúde que envolvem municípios como Salinas, São João de Pirabas,
Capanema e Tracuateua, entre outros.
O deputado Eliel Faustino, líder do DEM,
associou-se às críticas do deputado Júnior Hage e criticou a forma como
Beltrame se relaciona com o Legislativo. “Parece que ele e apenas ele conhece. Parece
que o Legislativo não conhece. E por soberba, acaba ocorrendo o que está
ocorrendo no estado”, afirmou Faustino, referindo-se à compra de 152
respiradores defeituosos da China. “Até agora, o secretário ainda não
demonstrou transpareência sobre a questão de medicamentos [para combater o
coronavírus]”, acrescentou o parlamentar.
Beltrame
é destinatário de ofício (veja imagem
abaixo) protocolado
nesta quarta-feira (13), na Sespa, por sete parlamentares – Thiago Araújo,
Eliel Faustino, Heloisa Guimarães, Fábio Figueiras, Delegado Caveira, Orlando
Lobato e Toni Cunha -, que requerem informações sobre questões envolvendo a
aquisição, pelo governo Helder Barbalho, de 152 respiradores que chegaram da
China com defeito. Um acordo
garante o ressarcimento, ao estado, de R$ 25 milhões que já haviam sido
pagos. Uma petição pública disponível para adesões na internet defender a instalação
de uma CPI para investigar o caso.
“O governador sempre está respondendo aos
deputados. E aí o secretário não está respondendo aos parlamentares? Isso não é
possível. Nós vamos conversar com o governador”, disse o deputado Chicão, do MDB,
após ouvir as críticas de colegas ao secretário.
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