Reinauguração da Sé reúne 2 mil

No AMAZÔNIA:

A abertura dos portões da Catedral Metropolitana de Belém recebeu cerca de 2 mil pessoas ontem à noite, quando, depois de quatro anos fechada, foi reaberta ao público. Reformada e revitalizada num projeto que custou ao Estado R$ 14 milhões, a cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, a governadora Ana Júlia Carepa; o secretário de Estado de Cultura, Edilson Moura; o bispo emérito, dom Vicente Zico; e até mesmo o ex-arcebispo de Belém, dom Orani João Tempesta, que veio do Rio de Janeiro, onde comanda a Arquidiocese, e rezou a missa de reabertura.
O vice-governador do Estado, Odair Corrêa, falou da entrega da obra e se referiu à Catedral como um monumento. 'Para nós é muita alegria entregar uma obra como essa, que por muito tempo fez o povo esperar por este momento, que pertence a toda a população deste Estado', pontuou.
A governadora Ana Júlia Carepa disse que o Estado se empenhou na obra arquitetônica da Catedral. 'Estamos fazendo nossa parte. O governo tem dado apoio à cultura e aproveito este momento para dizer que essa obra foi um marco no meu governo', observou.
Ana Júlia falou que a tarefa de zelar pela Catedral cabe ao novo arcebispo de Belém, que ainda não foi escolhido pelo Vaticano e que a obra é, também, voltada à inclusão social. 'Não tenho dúvidas que o nosso próximo arcebispo vai fazer um grande trabalho em prol da inclusão social do povo paraense. Estou emocionada. Sou cristã e entregar esta obra, hoje, foi um dos melhores presentes que o meu governo poderia dar ao meu povo', orgulhou-se.
Para dom Vicente Zico, bispo emérito da Arquidiocese de Belém, a reabertura da Catedral é de extrema importância cultural e histórica. 'Estamos num momento de viver a liturgia. Ano que vem, em 2010, completo 30 anos na Arquidiocese. Estou muito feliz com esse momento e tenho certeza que todos os cristãos também', ressaltou.
O secretário de Estado de Cultura, Edilson Moura, se referiu à Catedral como 'modelo de simbolismo cultural'. 'Foi aqui, neste lugar, que a Amazônia foi fundada. Assim, a contribuição para a integração do povo foi muito forte. Por isso, era a hora de devolver toda essa riqueza ao povo. A Catedral já estava fechada desde 2005. Mas foi em 2006 que a reforma do telhado começou, oficialmente. Em 2007, as obras pararam porque nenhum valor foi repassado. Mas, quando assumi a Secretaria de Cultura, garantimos o remanejamento da obra e em 2007 o projeto foi retomado', lembrou o secretário.