terça-feira, 4 de setembro de 2012

O fator Jatene e seus aliados na campanha eleitoral

E o governador Simão Jatene?
Como é que Sua Excelência será tratado pela campanha de aliados que concorrem à Prefeitura de Belém - no caso, José Priante (PMDB) e Arnaldo Jordy (PPS) -, caso a candidatura de Zenaldo Coutinho (PSDB) empine de vez, como indica a segunda pesquisa do Ibope, divulgada no último final de semana?
Em junho passado, precisamente no dia 18, o Espaço Aberto publicou postagem intitulada Jatene e a neutralidade desejada, mas quase impossível.
Disse então o blog:

O governador se manterá neutro?
Nem pensar, acha Zenaldo.
Seu raciocínio é simples, singelo e objetivo: ele, Zenaldo, é candidato do PSDB.
Jatene é do PSDB.
Logo, o governador o apoiará incondicional, estusiástica e explicitamente.
Priante e Jordy acham a mesma coisa?
Nem tanto.
Vão se conformar se Jatene puser, como se diz, a máquina pra funcionar em favor de Zenaldo?
Vão ficar quietos se, por conta desse apoio - incondicional, entusiástico e explícito -, Zenaldo passar para o segundo turno, em detrimento deles dois, Priante e Jordy?
Não apostem nisso.
Decididamente, não apostem.
Como na questão do plebiscito, Jatene precisará pôr em campo toda a habilidade necessária para não entornar o caldo.
E no plebiscito, vocês se lembram, o caldo quase entornou - ou entornou mesmo - quando o governador, exasperado com discursos e informações dos simpatizantes da criação de novos Estados, saiu de sua neutralidade, subiu nas tamancas e assumiu posição claramente favorável ao "Não".

Pouco depois dessa postagem, no dia 2 de julho, o blog publicou nova postagem, intitulada Jatene e os ossos do ofício. Ou das alianças. Escreveu-se:

forcinha que terá como destinatária a candidatura de Zenaldo será avaliada conforme os resultados do primeiro turno. Se o tucano passar ao segundo turno, mas o mesmo não acontecer com Priante e Jordy, dificilmente Jatene vai se livrar da suspeita de não ter sido, digamos assim, mais caloroso do que deveria.

Agora, observa-se que Jatene começou a entrar, como se diz, de cabeça na campanha de Zenaldo. O que é absolutamente natural.
Mas será natural se as pedras mudarem de posição no tabuleiro?
Será natural para os aliados, se perceberem que se esvaíram - ou estão se esvaindo - todas as suas possibilidades de passar ao segundo turno?
Mas, afinal de contas, haverá segundo turno?
Quem aposta verdadeiramente nisso?

Um comentário:

Anônimo disse...

Senhor Blogueiro. O momento requer calma e para o governador, no atual estágio, é a vitória do candidato do Psol logo no primeiro turno. Assim ele se livrará de problemas em 2014.