terça-feira, 13 de setembro de 2011

A violência sem fronteiras

De um Anônimo, sobre a postagem Pela paz:

É triste. Eu me lembro tanto quanto de um Salvador Allende, morto em 11.09 pela ditadura chilena, a mando dos EUA, e de todos e todas que morreram antes e depois nos porões da América Latina, pela tortura aprendida na terra de Tio Sam.
Eu choro tanto quanto pelos milhares de civis (quantas vezes mais que no WTC?) que morreram e morrem no Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia, enfim.
Eu lamento tanto quanto pelos que são torturados e presos ilegalmente em Guantánamo e outras prisões clandestinas pelo mundo, patrocinadas pelo Governo Norte-Americano.
E me indigno mais ainda ainda, quando lembro que quem criou e patrocinou o Bin-Laden, Ghadafi, Mubarack, Pinochet, Médice, e tantos outros vilões do presente e do passado está neste momento capitaneando as homenagens aos inocentes mortos, como se nada tivesse a ver com isso.

De outro Anônimo, na mesma postagem, em resposta ao aí de cima:

Ao anônimo das 10h43:
Para que você se cure em definitivo desse seu antiamericanismo doentio, leia "A obsessão antiamericana", do liberal (por que não?) francês Jean- François Revel.
E, já que é para referir a fatos históricos, vale registrar que, nas duas Grandes Guerras Mundiais, foram os EUA quem vieram socorrer os europeus dos problemas por eles criados, libertando o velho continente das ameaças totalitárias do fascismo e do nazismo. E foram os norte-americanos também quem salvaram os bósnios da faxina étnica promovida pelos nacionalistas sérvios, assim como agora lideraram, no início, os ataques da OTAN que permitiram ao povo líbio libertar-se do tirano (estou errado?) Kadafi.
Ou seja, os EUA são o país do contrato social que deu certo, atravessa os oceanos para defender a liberdade de povos oprimidos e combate terror insano e, portanto, intolerante. Seus líderes são eleitos diretamente em sufrágios livres e democráticos, o que não sucede com Bin-Laden, Kadafi, Fidel, etc., mas há, é claro, que prefira as tiranias à democracia. Fazer o quê?
É triste.

6 comentários:

Anônimo disse...

A mim não surpreende o rançoso comentarista "fora USA".
É a velha lenga-lenga da diferença entre mortos de esquerda; mortos pela esquerda; matadores de esquerda e o "resto".
Os mortos de esquerda sempre são heróis dos fracos e oprimidos.
Os mortos pela esquerda sempre são vilões imperialistas, exploradores capitalista que foram "justiçados".
Os matadores de esquerda sempre são "paladinos da justiça", perseguidos políticos que apenas matam em defesa própria e/ou matar pessoas sejam quem sejam sempre é apenas um gesto "político".
O resto....ah, esses são bandidos burgueses que tiveram o que mereciam, sempre.

Golpista de esquerda é herói da libertação do povo.
Golpista seja de qualquer outro lado, é ditador.

Simples assim.

Anônimo disse...

Putz... O primeiro anônimo diz que corpos americanos tem menos valor que de outros países. Que pensamento nojento; ser humano é ser humano, independentemente do que os seus governos fizeram,

Anônimo disse...

Putz, um é anti-estaduninense convicto, outros são carneirinhos preparados no Panamá para defender oTio Sam com unhas e dentes, inventam até o "país do contrato social que deu certo. Queria saber o que acham disso os mais de 40 millhões de negors e hispânicos miseráveis lá no país "que atravessa os oceanos para defender a liberdade dos povos oprimidos (sic!!!) e usa indiscriminadamente o terror mais insano para combater o "terror insano e, portanto, intolerante(sic!!!).

Anônimo disse...

Mas o presidente norte-americano, Anônimo das 9:45, é um negro - e, diga-se, altamente preparado e eleito democraticamente -, o que significa que aquela sociade que escravizou os negros - assim como a nossa! - e discriminou os hispânicos deu evidentes saltos de qualidade no tratamento igualitários de seus nacionais, não é verdade?

Além disso, Michael Blomberg, prefeito de Nova York, agora dá entrevistas coletivas em espanhol porque se constatou que logo, logo metade da população dos EUA será constituída de negros e hispânicos.

Logo, a sociedade norte-americana evoluiu positivamente ao longo das últimas 40 décadas, aplicando verdadeiramente os direitos civis e dispensando tratamento igualitário às diversas etnias que ali vivem. Logo, se trata de um modelo a ser, senão seguido, pelo menos observado com cuidado para extrair as boas lições que dali emergem.

Quanto ao terrorismo, observe que as maiores vítimas do terror islâmico são curiosamente os próprios muçulmanos - e não os ocidentais. Quando radicais explodem bombas em mercados de Bagdá e Cabul, as maiores vítimas não são os soldados da OTAN ou dos EUA, mas os civis muçulmanos e de outras denominações religiosas. Basta acompanhar o noticiário diariamente para constatar essa evidência por si mesma.

Se os norte-americanos não consegirem criar um arcabouço constitucional democrático no Iraque e no Afeganistão, isso não significa que estavam equivados em seu esforço político; pode significar antes que aqueles povos não possuíam cultura política democrática, o que é natural, pois sempre conviveram (e suportaram) ditaduras, algumas bastante asnguinárias como a de Saddam Hussein.

Mas há um luz no fim do túnel os povos árabes levantaram-se contra governos ditadoriais na Tunísia, Egito, Líbia, Síria, etc. Compreenderam talvez que têm direito a governos democráticos, a algo parecido com o que ocorre no Ocidente.

Devemos, sim, agradecer aos EUA pelos muitos garotos que perderam suas vidas lutando pela liberdade. Na II Guerra Mundial, libertaram a França depois de desembarcar nas praias da Normandia, libertaram a Itália (com a humilde ajuda de nossa FEB), etc.

Não sejamos, portanto, ingratos com aqueles que perderam seus filhos em razão da causa da liberdade.

Cássio de Andrade disse...

Só uma correção, quem derrotou o leste da Europa do jugo nazista foi o Exército Vermelho, portanto, EUA e URSS venceram a guerra e seus interesses, conforme atesta a guerra fria, não eram nada louváveis. Parece que os ataques às torres gêmeas, assim como o holocausto judeu, está se transformando em excelente justificativa midiática. Aliás, disso os americanos entendem e fazem com muita competência.

Artur Dias disse...

independentemente dos motivos imediatos (e que podem estar sendo originados de um terrível engano, como no caso da derrubada de Kadafi também pelas mãos de gente da Al Qaeda), é preferível ter um regime democrático, com todos os seus defeitos, a viver sob o jugo dos que se proclamam donos da verdade, como sempre se proclamaram os esquerdistas em geral. Porque, em nome do "proletariado", esteja você certo ou não, o regime exige o "pensamento único", ou melhor dizendo, pensamento nenhum.