sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pela paz!


A foto acima é do blog.
Esta aí é Nova York, a cosmópole do mundo.
Sua parte sul é vislumbrada a partir do topo do Empire State Building.
Lá no fundo, bem no sul da Ilha de Manhattan, ficavam as Torres Gêmeas.
Elas eram a marca, a cara dessa cidade.
Mais, talvez, do que o Central Park.
Ou tanto quanto ele.
Quem foi a Nova York antes do 11 de Setembro de 2001 e voltou depois levou um choque de ver aquela área sem as Torres.
Ver aquela parte de Nova York sem as Torres significa sentir a cidade sem 3 mil vidas.
Sem 3 mil almas.
Sem 3 mil inocentes.
Sem 3 mil pessoas abatidas pela selvageria.
O Espaço Aberto publica essa foto dois dias antes do 11 de Setembro, cujos dez anos transcorrem neste domingo.
E o faz para que todos se lembrem até que ponto pode chegar a irracionalidade dos racionais.
E o faz para que se tente, de todas as maneiras, evitar que barbáries como aquela de dez anos atrás voltem a acontecer.
E o faz em reverência aos familiares, parentes e amigos de milhares de pessoas que, ao redor do mundo, pereceram e perecem todos os dias, vítimas do terrorismo, da selvageria, da barbárie.
E o faz em reverência aos milhares que aqui, bem perto de nós, ao nosso lado - pessoas que conhecemos ou mesmo que não conhecemos -, já morreram vítimas da violência, inclusive a do banditismo que nos assalta e nos apavora, do banditismo que nos mantém trancados em nossas casas, enquantos os criminosos estão aí, à solta.
E o faz pela paz.
Sempre pela paz.

8 comentários:

Anônimo disse...

Sim, sempre pela paz!!!

E sempre lutando contra a intolerância e a barbárie!!!

Anônimo disse...

É triste. Eu me lembro tanto quanto de um Salvador Allende, morto em 11.09 pela Ditadura Chilena, a mando dos EUA, e de todos e todas que morreram antes e depois nos porões da América Latina, pela tortura aprendida na terra de Tio Sam.

Eu choro tanto quanto pelos milhares de civis (quantas vezes mais que no WTC?) que morreram e morrem no Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia, enfim.

Eu lamento tanto quanto pelos que são torturados e presos ilegalmente em Guantánamo e outras prisões clandestinas pelo mundo, patrocinadas pelo Governo Norte-Americano.

E me indigno mais ainda ainda, quando lembro que quem criou e patrocinou o Bin-Laden, Ghadafi, Mubarack, Pinochet, Médice, e tantos outros vilões do presente e do passado está neste momento capitaneando as homenagens aos inocentes mortos, como se nada tivesse a ver com isso.

É triste.

Anônimo disse...

Ao anônimo das 10:43:

Para que vc se cure em definitivo desse seu anti-americanismo doentio, leia "A obsessão anti-americana", do liberal (por que não?) francês Jean- François Revel.

E, já que é para referir a fatos históricos, vale registrar que, nas duas Grandes Guerras Mundiais, foram os EUA quem vieram socorrer os europeus dos problemas por eles criados, libertando o velho continente das ameaças totalitárias do fascismo e do nazismo. E foram os norte-americanos também quem salvaram os bósnios da faxina étnica promovida pelos nacionalistas sérvios, assim como agora lideraram, no início, os ataques da OTAN que permitiram ao povo líbio libertar-se do tirano (estou errado?) Kadafi.

Ou seja, os EUA são o país do contrato social que deu certo, atravessa os oceanos para defender a liberdade de povos oprimidos e combate terror insano e, portanto, intolerante. Seus líderes são eleitos diretamente em sufrágios livres e democráticos, o que não sucede com Bin-Laden, Kadafi, Fidel, etc., mas há, é claro, que prefira as tiranias à democracia. Fazer o quê?

É triste.

Anônimo disse...

Puxa, anônimo das 23:04h. Agora eu fiquei comovido.

Você cita a 2ª Guerra e se esquece das duas bombas sobre o Japão, que mataram 240.000 pessoas em fração de segundos.

Não reconhece que os tiranos citados foram todos criados e alimentados pelos sucessivos governos dos EUA.

E conclui que esse é o País do contrato social que certo? Certo para quem?

E antiamericanismo não tem nada a ver com crítica e constatação de que a política externa norte-americana (de seus governos e não, necessariamente, de seu povo) é agressiva, violenta, preconceituosa e manipuladora. Taí o wikileaks que não me deixa mentir.

Anônimo disse...

Se os norte-americanos tivessem que desembarcar no Japão para vencer a guerra, muito mais pessoas morreriam - esta foi a lógica (de guerra, of course) que o governo americano levou em conta. É certamente uma lógica brutal, mas foi o que orientou o governo norte-americano a abreviar uma guerra prolongada e evitar mais mortes de ambos os lados. O certo é que o próprio Japão foi reconstruído com a ajuda norte-americana e se tornou um país próspero e democrático, abandonando a tradição imperial autoritária. Do mesmo modo, a Europa destruída e empobrecida pela guerra foi ajudada pelos EUA por meio do Plano Marshall, inclusive a Alemanha. Tratou-se, na verdade, de caso único na História Universal este em que um país vencedor de uma guerra ajuda materialmente o vencido a se reerguer.

Além disso, sangue brasileiro foi derramado em solo europeu ao lado dos Aliados (liderados por quem?).

É claro que no contexto da Guerra Fria os norte-americanos apoiaram algumas ditaduras, assim como os russos apoiaram governos tirânicos ao redor do mundo, como, por exemplo, a Cuba castrista.

Mas, ao fim e ao cabo, um modelo prevaleceu e foi o que estipulava democracia com capitalismo - e não o socialismo sem democracia. E pode-se dizer, sim, que o contrato social norte-americano triunfou, ainda que temporariamente.

No que se funda esse contrato social?
Naquilo que defenderam os founding fathers no Federalist Papers (Em português, O Federalista) e que é atualizado periodicamente pela Suprema Corte norte-americana.

Agora, prezado Anônimo das 10:43 e 10:14, se não sabes o que pregaram os Pais Fundadores nem o conjunto de liberdades públicas que legaram ao mundo (e não somente ao próprio povo), é perda de tempo seguir gastando o meu latim.

Por fim, digo o seguinte: quem lidera sempre paga, por assim dizer, o preço disso.
No caso dos EUA, se eles intervem - como sucedeu no caso da Líbia - são acusados de imperialistas; se não intervém, são apontados como omissos, como sucedeu no caso dos massacres recentes no Sudão e, agora, na Síria. É o preço da liderança. Leia a primeira oração de Péricles no livro "A Guerra do Peloponeso", de Tucídides, e aí entenderás melhor o que estou a dizer (Desculpe-me se recuo até os gregos, mas muitas situações presentes repetem um padrão ocorrido há 25 séculos).

Anônimo disse...

Caro amante dos EUA. Vejo que ainda estás com o teu pensamento no contexto da Guerra Fria: o que não é bom para os Estados Unidos é bom para o comunismo. Me poupe.

O apoio incondicional às ditaduras que citei tem por base o interesse econômico dos grupos empresariais que estão incrustrados no Estado Norte Americano.

Obviamente que o soerguimento econômico da Europa e do Japão foi mais um bom investimento que qualquer outra coisa. Coisas do capitalismo.

Me diga quem está agora brigando para "reerguer" a economia destroçada da Líbia (do Ditador Kadhafi, criado e alimentado pelos EUA)?

Será que você adivinharia quem está "reerguendo" o Iraque arrasado, que foi invadido sob a alegação de possuir 'armas de destruição em massa' nunca encontradas? Lembras que o ditador ali era Sadan Russein, criado e alimentado pela CIA?

E o afeganistão? Quem está 'reerguendo'?

Conclusão óbvia: desde a primeira guerra as grandes corporações (e os impérios) descobriram que a guerra é um excelente negócio. Por isso é tão difícil reduzir sua ocorrência.

Caro amigo dos EUA, não gaste sua erudição à toa. Se continuares a justificar as atrocidades da guerra imperialista e o apoio à facínoras de republiquetas com a velha cantinália da defesa da democracia, será difícil mesmo continuar a conversa, seja em português, grego ou latim.

Anônimo disse...

Não, quem está com o pensamento no contexto da Guerra Fria é vc, prezado Anônimo das 7:17, ao tentar justificar a interpretação unicamente pelo viés econômico. Será uma herança de um marxismo jamais abandonado?

Anônimo disse...

Se os EUA buscam apenas o lucro ou o ganho econômico, por que foram salvar os bosnios naquele fim de mundo que são os Balcãs?

Até onde sei, a Bósnia não tem petróleo, minérios ou qualquer outra riqueza natural ou tecnológica relevante.