Afastamento provisório ganha mais adesões

O Espaço Aberto retifica o termo, a palavra, a expressão, mas não o fato.
De antemão, o blog pede desculpa a seus leitores por ter usado o termo renúncia na postagem de ontem, intitulada Renúncia coletiva sob exame na OAB do Pará.
Não é renúncia. É licença.
Um afastamento provisório, portanto, nos moldes do formulado pelo tesoureiro da entidade, Albano Martins, um dos notificados a se defender no processo que examina a possibilidade de intervenção na entidade.
Retificado o termo, ratifica-se o fato.
E o fato é que, ainda nesta semana, de dez a 15 conselheiros da Ordem devem se afastar temporariamente de suas funções, até que tenha um termo, um fim, até que chegue ao seu deslinde (toma-te!), como dizem os nossos dotôres, esse angu danado decorrente da venda, em junho passado, de um terreno da entidade para o advogado Robério D'Oliveira.
Esse movimento, digamos, de dispersão começaria a ficar um pouco mais visível hoje, durante a reunião ordinária do pleno do Conselho Seccional, a primeira depois daquela do dia 16, que à unanimidade tornou nulos todos os procedimentos referentes à venda do terreno em Altamira.
Mas ontem, no início da noite, os conselheiros foram avisados por e-mail que a sessão de hoje está cancelada. A explicação é a de que o quórum seria substancialmente esvaziado porque muitos integrantes do Conselho estão fora de Belém, aproveitando o feriado de amanhã.
Mesmo assim, fontes seguras garantiram ao Espaço Aberto que, muito provavelmente até o final desta semana, um grupo até mesmo superior a 15 advogados deve pedir licença do Conselho.
De início, alguns advogados manifestaram-se contrários.
Depois, disseram-se convencidos de que o afastamento temporário em bloco servirá para sinalizar claramente ao presidente da Ordem, Jarbas Vasconcelos, que ele não merece mais a confiança para continuar no cargo.