Olhem só.
Quem entende os coleguinhas?
Cartas para a redação (hehehe).
Fora de brincadeira, mas às vezes é difícil de compreender os critérios eleitos pelos coleguinhas ao editarem algumas matérias, sobretudo quando o assunto é futebol.
Por exemplo: há coleguinhas que se recusam a mostrar imagens de torcedores exibicionistas que invadem os gramados, em pleno jogo, para abraçar jogadores.
Por que não mostram as imagens?
Porque não querem estimular o mau exemplo.
Estão certo?
Estão.
Se a coisa é vista de per se, sem considerar outras variáveis, até dá para admitir que os coleguinhas estão certos.
Mas quando se consideram outras situações, aí fica meio difícil.
Por exemplo: no último sábado, vândalos - não são torcedores, prestem atenção, mas vândalos - atacaram o ônibus que conduzia jogadores do Corinthians.
Os vândalos - e não torcedores, observem - fizeram isso como, digamos, um extravasamento de suas frustrações porque o Timão foi eliminado da Libertadores.
Vândalos - como são esses integrantes de torcidas organizadas - não são chegados a oferecer bons exemplos.
Ou alguém aí conhece um vândalo que alguma vez demonstrou um bom exemplo?
Pois é.
E aí?
E aí que os coleguinhas puseram no ar, para todo mundo ver, os atos de vandalismo que os vândalos provocaram, ao mesmo tempo em que ouviam protestos acusatórios a jogadores do Corinthians.
Mas, então, por que o mau exemplo do torcedor que invade o gramado não é colocado no ar, mas o mau exemplo do vândalo que agride jogadores é veiculado para o país inteiro, inclusive com chamadas nos telejornalísticos das principais rede de TV?
Aliás, vamos ponderar uma coisa.
O torcedor que invade um gramado para abraçar, para homenagear o atleta de seu time é apenas um exibicionista.
E o vândalo?
O vândalo é um selvagem, é um facínora em potencial.
Aliás, muitos desses vândalos que integram torcidas organizadas têm ficha corrida na polícia.
São bandidos desses de ir para a esquina e gritar "mãos ao alto" a quem passa.
Então, entre um exibicionista e um vândalo, vocês aí ficariam com quem?
Formule-se a pergunta de outra forma: quem é menos pior, o vândalo ou o exibicionista?
Hein?
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