sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Alguns recados para Amazonino "Tá Explicado" Mendes



De um Anônimo, sobre a postagem Amazonino é Amazonino. Está tudo explicado!:

Esse vídeo evidencia duas questões a analisar, a primeira seria a discriminação (preconceito, racismo ou outro termo que designe melhor a situação) e o outra a falta de ética vivenciada pelo prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.
Em relação à primeira, vale lembrar que há 2000 anos Paulo de Tarso foi considerado como louco, porque além de seguir Jesus passou a pregar entre os gentios (considerados pelos romanos como povo inferior). Jesus também foi discriminado por ser nazareno (também considerado pelos romanos inferior).
Amazonino, não cometa o mesmo erro discriminando as pessoas pela sua naturalidade ou nacionalidade. A moral não é medida pelo local de nascimento, pelos pais, pelo grau de instrução, pela religião que professa, pelo dinheiro que possui ou pelo poder que detém.
O valor de uma Nação está em abrigar todos aqueles que fazem parte do crescimento, visto que todos os indivíduos têm sua parcela de bondade e de malvadeza, independente de suas origens de nascimento. E o senhor não foge a regra.
Essa frase do prefeito “Então morra” apenas externa o sentimento de alguns amazonenses. É pública a discriminação de paraenses pelos manauaras. Em todas as camadas sociais encontramos pessoas que consideram a naturalidade paraense como sinônimo de ladrão (claro que esse pensamento não é unanime).
Fica aqui um lembrete para os doutores da lei e executores das garantias dos direitos e deveres dos cidadãos: “Discriminar é sempre um crime”. Analisando a questão ética, acredito ser inadmissível o prefeito Amazonino, que já foi governador e prefeito várias vezes, demonstre uma postura tão infeliz diante do sofrimento vivenciado pelos moradores daquela invasão. Quando ele vocifera para que a moradora "morra", após argumentações de quem sofre com sua condição, considero que ele expressa um pensamento egoísta e orgulhoso, que não aceita argumentação e que desconsidera o sofrimento alheio.
Como julgar alguém que se recusa a sair de um lugar de risco, se fatalmente vai ficar na rua, lugar também de risco? Na verdade, quem somos nós para julgar essas pessoas, que como todos querem o conforto material? Vou mais além, como julgar o prefeito, que desconhece as palavras compaixão, caridade, misericórdia e principalmente consciência tranquila?
Compaixão com o sofrimento dessas pessoas que vivem em casas paupérrimas, sem nenhum conforto e principalmente convivendo com o perigo diariamente.
Caridade para com elas a fim de oferecer o pouco que se tem, nem que seja uma palavra de conforto, quando o recurso faltar.
Misericórdia para com aqueles que mesmo sabendo que podem morrer vivem em áreas de risco.
E consciência tranquila ao deitar a noite por saber que fez tudo que podia para amenizar o sofrimento alheio.
Portanto, prefeito Amazonino, ficam aqui alguns recados:
1) Mesmo que eles estejam errados, não podemos cruzar as mãos vendo a miséria bater na porta do próximo, mesmo que este não seja tão próximo.
2) Por muito menos Chris Lee pediu para sair (congressista norte-americano, casado, que renunciou ao cargo de deputado depois de serem divulgadas informações de que ele havia enviado mensagens e fotos suas sem camisa para outra mulher, através de um site na Internet). É uma questão de ética;
3) Aqueles que têm o dever de zelar pela moral, pela garantia de direitos e deveres dos cidadãos e pelo cumprimento das leis não devem se omitir e têm a obrigação de extirpar do poder pessoas que desconhecem a moral e não tem postura pública compatível com o cargo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já está ficando chato e sem graça essa coisa de "Tá explicado " Mude a mudinha !