A governadora Ana Júlia não deixou barato.
Aproveitou um seleto – seletíssimo – público para tirar sua casquinha.
Foi ontem, no Hangar - Centro de Convenções.
Estavam reunidos, entre outros, magistrados de vários ramos do Judiciário, inclusive e sobretudo a nova corregedora nacional de Justiça, anteontem eleita, a ministra Eliana Calmon.
Ana Júlia foi à tribuna e começou a falar sobre a questão dos conflitos fundiários, tema de discussões do evento de cuja abertura participava, o II Fórum Nacional de Conflitos Agrários, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Lá pelas tantas, lembrou que o Pará não é o único Estado do País em que vidas são ceifadas por disputas relacionadas à terra.
Mencionou caso recente no Pará, em que um trabalhador foi morto pelo filho do suposto dono da fazenda.
E disse que a fazenda alvo da disputa já havia sido objeto de ação de reintegração de posse cumprida pela polícia.
Pela Polícia Militar, por evidente.
- E ainda quiseram pedir intervenção no Pará, alegando que nós não cumpríamos as reintegrações de posse – lembrou a governadora.
Lá pelo meio da platéia, Sua Excelência foi apoiada com alguns aplausos.
Que não empolgaram todo o ambiente, onde seguramente havia no mínimo umas mil pessoas.
Aplausos – ou falta deles – à parte, no entanto, Ana Júlia deixou o seu recado registrado.
Aliás, um recado passado diretamente.
Sem intermediários.
O recado de que seu governo, conforme sempre sustentou e ao contrário do que alegava o Tribunal de Justiça do Estado, não se furtou a cumprir liminares de reintegração de posse.
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