No AMAZÔNIA:
Faltam medicamentos para os pacientes em tratamento contra o câncer atendidos pelo Hospital Ofir Loyola, no bairro de São Brás, em Belém. Uma das prejudicadas com a situação é Bernardete dos Santos. Ela sofre com um câncer de mama. A medicação Herceptin, que pode combater o avanço da doença, custa cerca de R$ 5,8 mil. Com o receituário nas mãos, a dona de casa aguarda pelo remédio, solicitado ao hospital pela médica responsável pelo tratamento no último dia 24, mas ainda não recebeu sequer a primeira das cinco doses receitadas. 'Me sinto como se estivessem mandando eu morrer em casa. Nem que eu vendesse todos os meus bens conseguiria os remédios por conta própria', disse.
A medicação não é garantia que a paciente sobreviva, mas prolongaria a vida dela. 'Os funcionários dão as notícias para gente quase rindo. Mas eles são frios assim mesmo, né?', se emocionou a paciente, que tem câncer de mama desde 2006 e enfrenta o processo de metástase. Outro medicamento em falta no Ofir Loyola, segundo os pacientes, é o Zoladex, que trata o câncer de próstata.
Leito - O fotógrafo Antônio de Souza, 40 anos, espera há dois anos por um dos 240 leitos disponíveis atualmente no hospital para que ele possa ser internado. Sofre de cálculo e estreitamento nos rins. A dona de casa Ana Carolina Alves, irmã dele, denuncia: 'Ele não consegue mais andar, com o corpo inchado. Mas nós não vamos desistir de conseguir um leito para que meu irmão possa ficar curado'. A irmã de Antônio reclama ainda do excesso de exames pedidos sem que nada seja revelado a respeito da evolução da doença. Ela garantiu que agendaram a internação para janeiro de 2010, depois de mais de cinco vezes sendo desmarcada. 'Nos pediram agora um eletrocardiograma, que ele já fez este ano. Mas, para sobreviver, ele precisa ser internado com urgência', afirmou ela, apresentação toda a documentação clínica do irmão. A família do paciente, que mora em Barcarena, cogita tentar a transferência para outro hospital. 'Nós pensamos em tentar atendimento em um hospital particular, mas como vamos conseguir pagar as despesas?', questionou.
Remédios - O Zoladex, um dos medicamentos em falta, segundo os pacientes, age no tratamento da próstata. Ele pertence ao grupo das drogas anti-hormonais, que afeta diretamente os níveis de hormônio. Nos homens, ele é responsável por controlar a testosterona. O Herceptin é utilizado para conter o câncer nas mamas. Ele é capaz de reduzir em até 34% a chance de mortalidade ocasionada pela doença e pode aumentar em cinco meses, em média, a sobrevida de pacientes desenganados.
Contatada, a assessoria do Ofir Loyola informou que o estoque de medicamentos Zoladex e Herceptin 'encontram-se normalizados', mas não houve nenhuma resposta ao apelo da irmã do paciente Antônio.
2 comentários:
O Blog não poderia entrar em campo para saber onde este Governo mediocre da Ana Julia colocou o dinheiro liberado pelo BNDES para a construção do Hospital Oncologico Infantil Ofir\Loyola? Esta obra era para ter ficado pronta em Dezembro/2008, e esta parada, sendo que não saiu ainda das fundações. Em um pais sério certamente a Governadora estaria na cadeia, pois pegar dinheiro e não fazer tal obra é crime. Que tal o blog fazer uma grande campanha? Seria um bom natal para quem esta precisando de um tratamento e não tem lugar para ser atendido em virtude da malversação com o nosso dinheiro. Afinal onde meteram o dinheiro liberado pelo BNDES?
Pedro Carvalho
Onde está o Ministério Público que não age contra essas atrocidades? Os pacientes não podem esperar, afinal, cada hora passada sem tratamento,representa aumento considerável de risco de morte. Esse é o governo que pinta nas paredes e gasta dinheiro com publicidade dizendo, mentirosamente, que o mais importante para o governo popular são as pessoas? Pessoas que esse governo vê e deixa morrer sem atendimento, em total afronta a dignidade humana.
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