sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Gasolina aumenta

No AMAZÔNIA:

Até o final da semana o preço cobrado por um litro da gasolina e do álcool estará até R$ 0,08 mais caro em todos os postos do Estado. Em Belém, alguns postos já reajustaram o valor na bomba e a gasolina que custava em média R$ 2,72 por litro é encontrada até por R$ 2,80. Em Tucuruí, onde o litro da gasolina chega a custar R$ 3,15 pode alcançar a R$ 3,23. O motivo do reajuste, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindepa), é o aumento da procura por açúcar.
'O mercado internacional aumentou a procura por açúcar, a maior demanda fez com que as usinas de cana-de-açúcar produzissem mais açúcar em detrimento do álcool. Isso fez com que o preço do álcool, e consequentemente o da gasolina, subissem', explica o assessor jurídico do Sindepa, Francinaldo Oliveira. Problemas de produção na Índia seriam a causa do aumento da demanda internacional. A ocorrência de chuvas no centro-sul do País também contribuiu para essa alta, ao afetar a produtividade das lavouras.
A variação no preço do combustível já foi percebida em outros Estados. Apenas agora o novo valor chegará às bombas nos postos paraenses em virtude dos estoques dos varejistas. 'O repasse é imediato. Assim que o empresário adquire o barril com o preço mais alto o reajuste vai para a bomba', explica Oliveira.
Em São Paulo, entre os dias 28 de setembro e 30 de outubro, o preço da gasolina sofreu variação de cerca de 8%. Em Goiânia, entre os meses de agosto e outubro a variação no valor do combustível foi de 19%. No Pará, entre os meses de maio e novembro o preço da gasolina sofreu 5% de variação, enquanto o do álcool, 9%.
ICMS - Segundo ele, o impacto no bolso do consumidor poderia ser menor se os tributos cobrados pelo governo do Estado fossem diminuídos. 'Enquanto o governo do Pará continuar considerando o combustível um produto supérfluo o consumidor continuará sendo diretamente prejudicado. Isso porque sobre o valor do combustível incide tarifa de 30%, enquanto para os produtos considerados de primeira necessidade a tarifa cobrada é de 17%', diz o assessor jurídico. Caso o ICMS sobre o combustível fosse reduzido para 17%, a economia seria equivalente a R$ 0,36.
Para o assessor jurídico do Sindepa, a redução do ICMS que ocorrerá ano que vem não resultará em grande diferença. Em janeiro, o imposto sobre o álcool passará de 30% para 28% e em setembro passará para 26%. Já a diminuição do imposto sobre a gasolina ficou para setembro de 2010. Apenas na segunda metade do ano, o ICMS sobre o produto deixará de ser 30% e passará a ser 28%.

Um comentário:

Anônimo disse...

Considero o preço do combustível no Brasil uma das maiores afrontas ao consumidor - ao brasileiro. Não tem nenhuma justificativa estar o preço onde está. Os aumentos ocorrem independentemente dos fatores que deveriam efetivamente ser levados em conta: preço do barril do petróleo e o valor do dólar. E sabem o que tem havido com esses dois fatores? Tiveram uma grande redução por anos seguidos. Além disso, propala-se que o Brasil é auto suficiente na produção de petróleo. Os países com esse trunfo repassam essa dádiva da natureza diretamente para os consumidores internos. Mesmo países que não tem produção suficiente tem preços menor do que o nosso - Argentina, Paraguai -. Que descalabro é esse? Por que se aumentar a gasolina pela queda de produção do alcool ou aumento da demanda do açucar? Por que não diminuir a proporção do alcool na mistura, ao invés disso? Se o "petróleo é nosso", desde o Monteiro Lobato, por que quem consome, que é brasileiro como os gestores e acionistas não se beneficiam desse boom? Os efeitos pré-sal que vai chegar, pelo que se vê, também vai continar não chegando até nós, vai continuar enchendo os bolsos do governo, acionistas,ONGS, patrocínios e tudo mais que mantenha o "status quo". Afinal, o que somos nós aqui desse lado, um tipo de escravo moderno?