sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Servidores fecham HOL

No AMAZÔNIA:

Durante aproximadamente três horas, os funcionários do setor ambulatorial do Hospital Ofir Loyola (HOL) suspenderam suas atividades na manhã de ontem. Muitos pacientes que tinham consulta marcada não foram atendidos. A paralisação, que começou às 7h, tinha objetivo de evitar que mais de 80 funcionários notificados fossem demitidos em dezembro. Os trabalhadores reivindicavam ainda melhoria na infraestrutura do Hospital. De acordo com o Sindicato das Casas de Saúde (Sinthosp), haverá uma greve no dia 25 deste mês.
A representante do Sinthosp, Rosa Barbosa, explica que a greve irá acontecer conforme as determinações legais. 'O que fizemos foi apenas uma pequena paralisação. Teremos ainda algumas reuniões com as autoridades competentes, mas tudo indica que no dia 25 entraremos em greve', informa. Para Rosa, é preciso melhorar a infraestrutura do Hospital: 'Não somos contra o concurso público, mas a casa precisa ser arrumada antes disso. É necessário melhorar a qualidade dos serviços para, só então, fazer novas contratações.'
De acordo com a funcionária Graça Barros, que trabalha na farmácia da urgência há 14 anos, a paralisação é uma tentativa de chamar a atenção do governo para que seja negociada a efetivação de funcionários. 'Estamos tentando entrar em contato o governo, mas até agora não recebemos nenhuma resposta', afirma. Ela reclama ainda das condições de trabalho no Hospital: 'O setor no qual trabalho é o mais crítico. O espaço físico é muito pequeno, há um número reduzido de técnicos em enfermagem, os funcionários não têm condições de atender à demanda de pacientes, os aparelhos estão sucateados, faltam medicamentos.'
Assim como ela, a paciente Dulce Jacob, que se trata no Hospital desde 2004, diz que a situação é complicada. 'Faltam médicos e remédios, os funcionários trabalham estressados. Apesar de nunca terem me tratado mal, muitas pessoas reclamam disso', declara. Dulce se disse sem esperança em relação a melhorias no Hospital: 'As autoridades têm consciência de como está a saúde, mas ninguém faz nada para melhorar. Às vezes, não tenho nem vontade de procurar os médicos. Faltam amor e respeito com os pacientes.'

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