domingo, 13 de setembro de 2009

Fiel condena a cartolagem

No AMAZÔNIA:

Temerosos da repetição do 'filme' que assistiram em 2007, 2008 e agora em 2009, quando o Paysandu fracassou nas tentativas de retornar à Série B do Campeonato Brasileiro, torcedores e ex-craques do time bicolor cobram mais atitude, transparência e mudanças drásticas da diretoria do clube.
O fechamento do Departamento de Futebol por tempo indeterminado e a 'lei da mordaça' imposta pelo presidente Luiz Omar Pinheiro, que não dá entrevistas desde a eliminação do clube na Série C, preocupam um número cada vez maior de pessoas, que enxergam no comportamento do mandatário um sinal de que ele teria perdido o caminho.
'Já vimos este filme e sofremos muito com isso. A diretoria não preparou um bom time, os jogadores eram fracos e não havia um planejamento adequado. Está na hora da diretoria do Paysandu ter mais seriedade, fazer mudanças no time e ter atitudes de time grande. Mas, infelizmente, não é isso que estamos vendo ser feito pelo presidente', observou Sílvio Alfaia, 36, professor de história e torcedor bicolor desde a infância.
'Essa briguinha que ele está alimentando com a imprensa não leva a nada. A falta de informações confiáveis só prejudica a torcida, que é a maior interessada em saber o que está sendo feito para que o clube não sofra novamente com a incompetência de quem o dirige', acrescentou Alfaia.
Opinião parecida tem o ex-atacante e vereador Vandick Lima, 44, campeão brasileiro da Série B em 2001 pelo Paysandu. Segundo o ex-jogador, a diretoria do clube precisa tomar uma atitude séria e correta, enquanto há tempo para planejar a próxima temporada.
'O Paysandu precisa aproveitar estes meses nos quais não terá que se preocupar com competições oficiais para traçar um planejamento com vistas à temporada 2010. Mas ficar com o futebol parado não contribui em nada para isso. Há vários municípios do interior interessados em realizar jogos amistosos contra o Paysandu, mas ninguém encontra o presidente para negociar', salientou.
O professor de inglês, Salomão Damasceno, 30, acredita que o caráter centralizador da administração de Luiz Omar Pinheiro está prejudicando o clube e colocando o próprio dirigente em situação delicada diante da torcida. 'Fiquei sabendo que ele [Luiz Omar] não está atendendo nem mesmo aos telefonemas de empresas interessadas em patrocinar o Paysandu', lamentou. 'Isso é loucura. Todo mundo sabe que o Paysandu não está nadando em dinheiro. Com isso, o Luiz Omar corre o risco de virar o vilão que ele, pelo menos a princípio, não é. Daqui a pouco vai ter gente pedindo a volta do Artur Tourinho [ex-presidente do Papão].'
Salomão atribui à diretoria bicolor a má condição da equipe e os fracos resultados obtidos em campo na Série C. 'A diretoria é a culpada por este momento vivido pelo fraco time em um ano tão importante. A torcida não merecia ter passado a vergonha de ver um time daqueles, sem futebol, sendo goleado por uma equipe sem tradição nenhuma. Está na hora deles tomarem uma providência', lamentou.
O 'pesadelo' da terceira divisão para o clube bicolor, aconteceu em 2006, após uma turbulenta campanha na Série B daquele ano, quando conquistou apenas 44 pontos ganhos em 12 vitórias e oito empates. Foram 18 derrotas. O campeão naquele ano, o Atlético-MG, somou 71 pontos.

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