segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ultraleve cai no Marajó

No AMAZÔNIA:

A queda de um ultraleve matou o médico Edilberto de Almeida Tavares, 44 anos, no final da manhã de ontem, na ilha do Marajó. O relato de testemunhas do acidente fortalece a tese de falha mecânica no equipamento, utilizado pelo médico para ir de Belém até o município de Salvaterra. Ainda ontem o corpo foi trazido a Belém, para a Capela Mortuária da Beneficente Portuguesa. De lá, o provável destino é São Paulo, onde mora parte da familia do médico.
De acordo com o investigador Paulo, da delegacia de Salvaterra, Beto - como era mais conhecido - ia ao município para passar o domingo com um grupo de amigos, entre eles os enfermeiros Gustavo Ferreira e Wallace, que informaram o que puderam testemunhar sobre detalhes do acidente à Polícia Civil. Gustavo e Wallace chegaram a Salvaterra na tarde do sábado e, enquanto aguardavam a chegada do médico, observaram o ultraleve sobrevoando a Praia Grande, por volta das 10 horas.
No início da manobra de pouso, uma das asas do aparelho quebrou e Beto Tavares passou a perder altitude até cair na comunidade de Passagem Grande, a três quilômetros do centro de Salvaterra. O ultraleve caiu de rodas para cima, danificando parte do telhado prédio da Associação de Agricultores da Vila. Moradores da comunidade logo retiraram a vítima da aeronave, por receio de haver explosão do combustível que vazou.
Uma guarnição da Policia Militar de Salvaterra se deslocou para a área do acidente, às margens da rodovia 154, e isolou o local. Logo o médico foi levado ao Hospital Estadual Almir Gabriel, no centro de Salvaterra, mas já chegou morto ao local. Após os cuidados da família, o corpo foi levado para o prédio da Câmara de Vereadores da cidade. Na oportunidade, a população lotou o prédio para fazer as últimas homenagens a ele, uma pessoa muito querida pelos moradores, de acordo com o investigador Paulo.
Cerca de mil pessoas estiveram no campo de pouso da cidade para se despedir de Beto Tavares, segundo a Polícia Militar. A quantidade foi tão grande que dificultou o acesso da família e do corpo do médico ao avião, segundo o investigador. 'Deu trabalho para a gente conseguir afastar todo mundo. Tinha muita gente', lembra-se.
Descrito por seus amigos como aventureiro, ele utilizava o ultraleve com frequência para ir de Belém a Salvaterra. Já havia sofrido duas quedas - uma delas no início do ano -, ambas sem gravidade, pois o ultraleve caíra na água. Segundo o delegado Arilson Caetano, de Salvaterra, a Aeronáutica foi comunicada e o aparelho será periciado como parte da investigação das causas do acidente.
Vida - Durante vários anos, o santareno Edilberto de Almeida Tavares foi médico em Salvaterra, Soure, Cachoeira do Arari e São Sebastião da Boa Vista. Atualmente, estava a serviço da Prefeitura de Curralinho, também na ilha do Marajó. Nas últimas eleições, se candidatou para prefeito de Salvaterra. Ele comemoraria seu aniversário no dia 13 de agosto.
Fatalidades - Este foi o segundo acidente com ultraleve em oito dias. No último domingo, uma aeronave caiu em Benevides e matou dois empresários. Eles eram moradores de Castanhal, nordeste do Estado, onde foram velados e sepultados.

2 comentários:

Anônimo disse...

eu fui atendido por esse doutor ele era muito gracista,eu e minha cidade curralinho estamos muito triste por essa fatalidade.

Poster disse...

Grato, amigo.
Já corrigi.
Abs.