No AMAZÔNIA:
Mais de 50 mil pessoas estiveram ontem na IV Parada da Diversidade Sexual de Ananindeua. Com o tema 'Um outro mundo só é possível sem racismo, homofobia e machismo', a multidão saiu em festa da praça da Bíblia, na Cidade Nova II, e seguiu até o estacionamento do Ginásio de Esportes Papa João Paulo II, o Abacatão. Durante o percurso, os participantes cobraram das autoridades agilidade no processo de aprovação de leis de combate à homofobia, sem deixar de lado as cores, a animação e a música eletrônica.
Foram três trios elétricos que garantiram a festa dos participantes do evento. Militantes do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTTT) de Igarapé-Miri, Altamira e Castanhal também marcaram presença. De acordo com Heloísa Freitas, membro da Associação da Livre Expressão Sexual de Ananindeua e organizadora do evento, a comunidade gay sempre participa da festa e a tendência é que a cada ano o número de participantes cresça ainda mais.
Ela lembra que, apesar da animação da festa, ninguém esquece do lado político da IV Parada da Diversidade Sexual de Ananindeua. Para mostrar que homofobia não combina com democracia, a organizadora do evento disse que, somente no ano passado, 190 homossexuais foram assassinados no País vítimas de preconceito. 'Infelizmente, os números da violência ainda são grandes. Mas não vamos parar de lutar para conquistar o nosso espaço e modificar esse triste quadro', disse.
Apesar de ter sido realizada no Dia dos Pais, a organizadora do evento disse que a escolha da data não foi proposital. Na verdade, a parada era para ter acontecido no dia 28 de junho, data em que se comemora o Dia Estadual do Orgulho Gay, mas alguns problemas de orçamento fizeram com que a festa fosse adiada. Além Parada da Diversidade Sexual de Ananindeua, a Associação da Livre Expressão Sexual realiza ainda palestras sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis em escolas e organizações, não só para o público gay.
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