segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pesquisadores da UFPA investigam casos de malária

No AMAZÔNIA:

Moradores do município de Anajás recebem a visita de pesquisadores e técnicos da Universidade Federal do Pará (UFPA) com o objetivo de realizar uma investigação científica sobre casos de malária. A inspeção, que é feita entre os dias 21 e 31 de agosto, vai auxiliar no controle e prevenção da doença no Marajó. Segundo informações do Laboratório de Genética Humana e Médica (UFPA) Anajás é o município paraense com maior número de casos registrados de malária: em 2005 foram apontados 11.624, e em 2006, pelo menos 11.788 casos foram assinalados.
Segundo o professor, João Farias Guerreiro, membro do Laboratório de Genética Humana e Médica, a pesquisa exige exames clínicos, ou seja, durante a ação serão feitos atendimentos médicos normais - clínico laboratoriais. 'Faremos diversos exames, entre eles o hemograma, que é fundamental para detectarmos entre outras doenças, a malária', destaca. A meta é buscar portadores assintomáticos - àqueles que estão infectados, mas não apresentam sintomas.
Guerreiro explica durante os exames de rotinas, muitos casos são descobertos, e o portador acaba não sabendo que está contaminado. 'Na maioria dos casos não se consegue detectar a doença, por que a incidência do parasita no sangue é pequena - mas isso não descarta o risco de transmissão através do mosquito. Por isso buscamos, através da Biologia Molecular, identificar o DNA do parasita', afirma.
Outro diferencial da pesquisa está no fato de tentar identificar nos pacientes uma pré-indisposição genética, ou seja, se a pessoa está com o organismo suscetível para contrair a doença. 'É um trabalho que começa lá no município de Anajás e termina em Belém, com pesquisas mais aprofundadas. Neste momento vamos verificar as condições dos pacientes', revela João. Conforme afirma o professor, Anajás passará por um inquérito epidemiológico - uma espécie de formulário para investigar as condições socioeconômicas e ambientais da região, para analisar onde está o maior foco dentro do município. No segundo momento, João explica que será possível propor métodos de prevenção.

Um comentário:

Anônimo disse...

se não tiver trato com o meio ambiente não vai dar em nada
a malária é devido a extração predatória do palmito