segunda-feira, 24 de agosto de 2009

As pernas não aguentaram

No AMAZÔNIA:

Passada mais de uma semana da humilhante eliminação do Paysandu na Série C do Brasileiro, diante do Icasa-CE, os bicolores continuam à procura de explicações para o fracasso na tentativa de retornar à Série B em 2010. Para o fisioterapeuta do clube, Júnior Furtado, o condicionamento físico dos atletas influenciou decisivamente neste insucesso. Ele acredita que a equipe não tinha as melhores condições físicas para conquistar a classificação às semifinais da Terceirona.
Na avaliação do profissional, não houve tempo para que se fizesse um trabalho de recuperação adequada do elenco bicolor logo depois da conquista do Campeonato Paraense. Uma prova disso, segundo Furtado, foi o aumento do número de contusões na Terceirona em comparação com o Parazão.
Por mais que a comissão técnica tenha tentado contornar este problema de várias formas, os jogadores se encontravam em um estado de desgaste psicológico e físico muito avançado. Nem mesmo as duas semanas de folga que os bicolores tiveram ao longo da primeira fase foram suficientes para recuperá-los.
'Nós tivemos uma ou duas contusões graves durante todo o Estadual, incluindo a lesão do Vélber. Mas, quando houve a virada para o Brasileiro, os jogadores começaram a apresentar sinais de desgaste físico e as contusões e outros problemas físicos começaram a aparecer com mais constância', ressaltou Furtado.
Quando fala em 'outros problemas físicos', o fisioterapeuta refere-se às dores musculares que muitas vezes aumentam o tempo de recuperação de cada atleta e afetam seu desempenho em jogos e treinamentos. 'O desgaste físico é acumulativo. Você faz tudo para minimizá-lo, mas cada atleta tem o seu limite. Alguns suportam mais e outros menos', explicou.
Para o profissional, o desgaste foi fruto de uma atividade esportiva 'pesada' nos meses que antecederam ao mata-mata, incluindo aí os dois jogos pela final do Parazão, contra o São Raimundo, que ajudaram a encurtar o tempo de recuperação dos atletas antes da estreia na Terceirona. 'Se o time tivesse conquistado o segundo turno do Paraense, por exemplo, teríamos ganhado quase um mês de preparação antes da estreia na Série C. Mas como tivemos que disputar a final, esse tempo foi bastante reduzido', observou.
Além disso, o fisioterapeuta citou as longas e cansativas viagens que o Papão foi obrigado a fazer na primeira fase do Brasileiro como outro fator importante para explicar a queda de produção do time. Quando você vai jogar fora e a viagem de ida e vinda é desgastante, você perde um dia de preparação e outro de recuperação. O jogador não descansa como deveria e isso vai agravando o seu estado físico e mental', destacou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hino bicolino atualizado:
Refrão
"...vc não vale nada mas eu gosto de vc..."!! rs