sábado, 22 de agosto de 2009

PA-150 é destaque negativo

No AMAZÔNIA:

A rodovia PA-150, localizada parte no nordeste e parte no sudeste paraense, figura na lista das piores estradas do Brasil. O rol foi feito por um grupo de jornalistas que percorreu 250 mil quilômetros de estradas pelo País durante seis meses. As impressões e experiências dos repórteres dão corpo a um guia de estradas. Segundo eles, 'atravessar o sul do Pará é um desafio crônico a qualquer motorista. Estradas esburacadas e perigo de assalto são ameaças constantes', atestam.
O que os jornalistas da editora Abril afirmam não é novidade para nenhum paraense. Mesmo os que ainda não viajaram pela rodovia conhecem bem, por notícias publicadas, o drama de quem depende da PA-150. Carretas, caminhões, ônibus e os milhares de bois que pisoteiam o leito da pista fazem com que a presença de buracos seja constante na rodovia. Lama ou poeira também estão presentes durante a viagem. As condições da pista obrigam os motoristas a reduzirem a velocidade, o que os transformam em alvos fáceis para ladrões.
'Apesar de uma coisa estar relacionada à outra, sem dúvida os assaltos são as maiores ameaças para quem precisa trafegar frequentemente pela PA-150. Eu concordo plenamente com os jornalistas que a classificaram entre as piores do Brasil. Não podemos manter uma velocidade constante porque podemos ser surpreendidos por um buraco, além deles, existem lombadas na cabeceira de algumas pontes, o que nos obriga a quase parar o carro. Os assaltos costumam acontecer nesses momentos', relata Antônio Flávio, presidente do Sindicato dos Rodoviários em Empresas de Transporte de Passageiros Interestaduais, Intermunicipais e Turismo.
Os jornalistas que se aventuraram pelas estradas brasileiras, classificaram as regiões entre Eldorado do Carajás e Sapucaia e entre Rio Maria e o trevo de Floresta do Araguaia como os piores trechos da PA-150. Segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), o grande fluxo de caminhões carregados de minérios e de carretas 'que ocupam 2/3 da rodovia' é o responsável por tornar o trecho próximo à Serra dos Carajás o pior entre os 762 quilômetros de extensão da pista.

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