Chacina em campo de futebol: 4 mortos

No AMAZÔNIA:

A guerra entre traficantes provocou ontem à tarde uma chacina no bairro do Barreiro, com quatro vítimas fatais e um homem gravemente ferido. Os crimes ocorreram na área do campo da Eletronorte, conhecido como 'Aterro', na passagem Mirandinha, a partir da passagem São Benedito, por volta das 16 horas. Segundo testemunhas, seis pessoas, incluindo uma mulher, são os autores das mortes.
Segundo as primeiras informações, utilizando armamento pesado, quatro pessoas encapuzadas chegaram ao local em um carro Siena preto, com vidro peliculado; e duas em uma moto Honda azul, todas armadas com escopetas calibre 12 e pistolas ponto 40. Aproximaram-se de uma arquibancada improvisada na área do campo de futebol, onde iria começar uma 'pelada' como ocorre todas as tardes entre moradores do perímetro, e disseram que era para ninguém se mexer do local. Em seguida, saíram atirando contra quem estava no local, principalmente na arquibancada.
O tiroteio resultou na morte de Bruno Rick Rodrigues Garcia, 21 anos, conhecido como 'Bob Esponja', Adílio Ferreira Botelho, 23 anos, conhecido como 'Pacote', Eduardo dos Santos Miranda, 28 anos, e Edvaldo dos Santos Sacramenta, 27 anos, conhecido como 'Mamute'. Naisson Pinheiro Baía, 20 anos, levou dois tiros e foi levado para o Pronto-Socorro Municipal da travessa 14 de Março, e até a noite de ontem estava em estado muito grave. O caso foi registrado na Seccional Urbana da Sacramenta, e o delegado Goldemberg Souza, está à frente das investigações.
Correria - Logo após o tiroteio, os familiares de Adílio Ferreira Botelho, 'Pacote', colocaram o corpo do rapaz em uma caminhonete e seguiram, em disparada, para o HPSM da 14 de Março, a fim de buscar atendimento médico para o jovem, que sangrava muito. Mas, no meio do caminho, Adílio morreu, e, então, a família decidiu levar o corpo para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, na rodovia Transmangueirão, no bairro do Bengui.
Ao chegar ao local, os familiares da vítima aguardaram pela autorização da polícia para que o corpo pudesse ingressar na sede do Instituto Médico Legal.
Familiares de Adílio Botelho choraram muito a morte do rapaz, que era morador do bairro do Barreiro, e atuava como ajudante de carpinteiro. Conhecido como 'Pacote', ele teria sido morto por engano, segundo acreditam a família e conhecidos dele. Adílio foi morto com um tiro pelas costas e outro no rosto.
Várias pessoas concentraram-se em frente ao prédio do Renato Chaves para observar o movimento dos familiares da vítima em torno do corpo na camionete. Conhecidos de Adílio ressaltaram que ele havia ido ao campo de 'pelada' da Eletronorte apenas para assistir aos jogos no local.