quarta-feira, 8 de abril de 2009

Procurador da República e OAB aprovam decisão do tribunal

No AMAZÔNIA:

Para o procurador Felício Pontes, o fazendeiro foi mantido preso durante toda a instrução processual e, portanto, deve ficar preso até o segundo julgamento. Medida também defendida pela coordenadora dos Direitos Humanos da OAB/PA, Mary Cohen. 'Hoje a farsa caiu. Os desembargadores analisaram todos os volumes do processo minuciosamente, comprovando que aquele DVD é uma farsa armada pela defesa', define Pontes. Pontes e Cohen dizem que é preciso manter Bida encarcerado porque o fazendeiro causa temor às 600 famílias que moram nas glebas que formam o PDS, pivô da disputa e da execução da missionária Dorothy Stang.
Segundo Pontes, a Polícia Federal sabe o que os trabalhadores da área sentem muito medo de 'Bida'. A situação é tão complicada que, diz o procurador, motivou o pedido de prisão de Regivaldo Galvão, o 'Taradão', outro fazendeiro da área também acusado participar do consórcio que encomendou a morte da freira. 'Taradão' é o único indiciado que ainda não foi julgado. Ele conseguiu ser excluído do processo pelo STJ, mas no final de 2008 o STF derrubou a decisão e mandou o TJE julgar o acusado.
Segundo Mary Cohen, o presidente do TJE, desembargador Rômulo Nunes, já garantiu às entidades de defesa de direitos humanos que o julgamento de Regivaldo deverá ocorrer ainda este semestre.
Para a missionária Júlia Depweg, que coordena o Comitê Dorothy Stang, a partir de agora será uma nova etapa do processo. 'Agora é voltar e recomeçar. O ‘Bida’ deve ser preso e condenado para que seja feita justiça', conclui.

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