No AMAZÔNIA:
Médicos do Pará realizaram ontem na praça da República uma manifestação contra a precariedade no sistema público de saúde dos municípios, principalmente o da capital. A categoria reivindica que o Estado firme aliança com os municípios em torno do Pacto pela Saúde e da criação de planos estadual e municipal de saúde.
'No próximo dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde, tem também os 20 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), mas o que vemos hoje no Estado, e principalmente em Belém, é o caos de gestão', afirmou o diretor do Sindicato dos Médicos (Sindmepa), João Gouveia.
Para ele, a intervenção do Ministério Público Federal - que na última semana bloqueou os recursos em saúde da prefeitura de Belém - era uma medida que precisava ser tomada, mas ainda não resolve o problema. 'Um hospital de guerra está melhor do que os pronto-socorros municipais. O bloqueio é apenas uma medida paliativa, mas o que a saúde precisa em Belém é de um choque de gestão', disse.
Ontem, João Gouveia e outros médicos representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM-PA) e da Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará (SMCP) fizeram um ato público em frente ao Teatro da Paz e, em seguida, caminharam pela praça divulgando um manifesto elaborado em defesa da saúde, paz e justiça social.
O Pacto da Saúde - proposto pela categoria - se subdivide em três vertentes: o pacto pela vida; pacto em defesa do SUS; e o pacto de Gestão. Nesse último é proposto que as atribuições e responsabilidades sanitárias de cada esfera de gestão, por meio do Termo de Compromisso de Gestão (TCG), seja assinado por todos os gestores e conselhos de saúde.
Dentre os pontos previstos no acordo está a reorganização dos serviços de urgência e emergência; a implantação do cartão SUS; garantir o atendimento das consultas ambulatoriais especializadas; elaboração de plano municipais e estaduais de saúde; além da criação de consórcios intermunicipal de saúde, ampliando o atendimento e racionalizando custos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário