No AMAZÔNIA:
A punição imposta ao São Raimundo pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), com a perda de um mando de jogo e multa de R$ 10 mil, teve efeito inverso e inesperado. O time santareno disputará o último jogo da final do segundo turno, contra o Remo, amanhã, às 17 horas, no Colosso do Tapajós. Ontem, o diretor técnico da Federação Paraense de Futebol (FPF), Paulo Romano, afirmou que o regulamento do Parazão determina que a pena de perda do mando só começa a ser cumprida cinco dias após a decisão judicial.
'De acordo com o artigo 175 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, os clubes punidos com a perda do mando devem disputar as partidas em local determinado pelas federações. E o regulamento da competição define que as mudanças de local da partida sejam feitas cinco dias antes do jogo. Dessa forma, a tabela do campeonato será cumprida', explicou Paulo Romano. Caso não consiga suspender a decisão, o São Raimundo terá de pagar a multa. E, se vencer o Remo, jogará as finais do Estadual em Belém.
Após a definição, o advogado do Remo, Rubens Leão, desistiu do mandado de garantia protocolado na semana passada. O documento pedia que fosse cumprido acordo feito durante uma reunião técnica ocorrida ano passado, na qual ficou determinado que as finais do Parazão sejam decidias no Mangueirão. 'A federação escolheu um time para defender no campeonato. Se a decisão do tribunal não tiver validade, então que fechem o TJD e entreguem a chave para o presidente da federação', criticou Rubens.
O advogado do São Raimundo, André Cavalcante, anunciou que vai entrar com liminar na próxima segunda-feira contra a decisão do TJD. 'Vou entrar com recurso para que o cumprimento da decisão seja feito em outra oportunidade, depois da final do campeonato', declarou o advogado, que, durante a sessão de ontem do tribunal, protestou novamente contra as irregularidades ocorridas durante o julgamento da última quinta-feira. Ele alega que o voto do juiz Isaac Fimma estava definido antes da sessão.
Os juízes do TJD fizeram vista grossa para as reclamações do advogado e o auditor José Augusto Vasconcelos, presidente do tribunal, declarou que só irá se manifestar sobre os problemas do julgamento de quinta-feira se o São Raimundo recorrer da decisão. 'O tribunal só pode conhecer e se manifestar sobre o que ocorreu em outro julgamento através do recurso. Entendo que o advogado pediu a palavra apenas para esclarecer alguns pontos', explicou o magistrado.
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