No Blog do Colunão, de Walter Rodrigues, sob o título acima:
Vai para R$ 260 milhões e já marcha para o dobro a farra das “suplementações orçamentárias” autorizadas pelo governador Jackson Lago (PDT), a poucos dias de deixar o cargo por ordem da Justiça Eleitoral.
Enquanto no Brasil a crise mundial obriga o governo Lula a cortar gastos de R$ 37,2 bilhões (25% do orçamento de 2009), na republiqueta do Maranhão as autoridades metem a mão no superávit oriundo de 2008 — cerca de R$ 600 milhões — e “suplementam” a toque de caixa um orçamento cuja execução só começou em fevereiro.
Governos honestos ou minimamente responsáveis só suplementam o orçamento no 2o semestre, assim mesmo de forma moderada. Só há exceção no caso de calamidades ou decisões judiciais que importem gastos imprevistos. Jackson Lago, porém, age como se o primeiro bimestre houvesse consumido a previsão de gastos para os 12 meses do ano.
Até o momento, o governador já deu dinheiro para a Secom das campanhas midiáticas locais e forâneas, para a PGE dos “acordos” multimilionários, para a Fetaema das “mobilizações populares”, para sabe Deus quantas balaiadas e lambaiadas por aí fora.
Reivindicações de funcionários que até ontem eram classificadas de inaceitáveis passam a ser atendidas sem a menor dificuldade. É o que acontece com os professores e policiais, por exemplo, após dois anos de greves, ameaças e controvérsias jurídicas que foram parar no Supremo Tribunal Federal.
No momento, segundo fontes da Assembleia Legislativa e da Administração, o governo engatilha agora R$ 150 milhões para a prefeitura tucana de São Luís, 60 milhões para a prefeitura tucana de Imperatriz, R$ 30 milhões para a prefeitura pedetista de Caxias.
Mais que Imperatriz - maior cidade do interior maranhense - vai levar um certo Conlagos, consórcio desenvolvimentista cujo nome, nas atuais circunstâncias, mais parece uma confissão. É presidido pelo prefeito de Arari, Leão Santos Neto, irmão de Aziz Santos, supersecretário de Planejamento e alter ego do governador Jackson Lago. Para os “conlagos” estão reservados R$ 40 milhões.
Há pouco, soube-se que o Governo estuda reconhecer um suposto direito dos desembargadores a "auxílio moradia". Só em despesas retroativas, esse "habeas corpus preventivo" custaria mais R$ 60 milhões ao cofre estadual.
É o fim de festa mais oneroso que já se viu no Maranhão.
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