No AMAZÔNIA:
Alvo de críticas dos torcedores, consequência das seguidas falhas, o miolo de zaga do Paysandu, formado por Luciano e Roni, não aceita ser a responsabilidade exclusiva pelos 14 gols sofridos pelo time no 1º turno do Parazão. Os zagueiros preferem dividir a culpa com os demais jogadores do time, alegando que todos têm a obrigação de marcar. Mas, no jogo contra o São Raimundo, na final da Taça Cidade de Belém, os defensores mostraram falhas individuais, que culminaram em dois dos três gols do adversário. Os erros não foram perdoadas pelos torcedores alviazuis mais exigentes.
Para completar, os zagueiros ocupam posições nada agradáveis no retrospecto de cartões apresentado pela supervisão do clube. Roni divide com o volante Dadá o recorde de cartões amarelos: cinco, cada um. Luciano, por sua vez, está pendurado e antes cumpriu suspensão de uma partida por ter sido um dos dois únicos jogadores expulsos - o outro foi Allax, no primeiro jogo da final do turno. Luciano até admite que a zaga cometeu alguns vacilos, dando a esperança aos torcedores de que o problema não se repetirá no returno.
'Estamos trabalhando para corrigir esses erros', afirma. Já o capitão Roni é mais contundente quando fala das falhas. O zagueiro afirma que está faltando mais marcação por parte dos demais setores do time. 'Quando falta essa pegada, a zaga acaba sendo sobrecarregada', diz. 'É o que está acontecendo com a nossa equipe', avalia. O zagueiro foi além na defesa do miolo de zaga bicolor. 'Dizem que eu e o Luciano somos lentos, mas no mano a mano o zagueiro leva sempre desvantagem com o atacante, que joga de frente', justifica.
Da mesma maneira que seu companheiro de zaga, Roni acredita que o problema de marcação apresentado pelo time será superado no returno. 'Tenho certeza de que no segundo turno essa deficiência será superada', aponta. ''A equipe toda está consciente de que deve aumentar o poder de marcação para evitar que a zaga lá atrás fique sobrecarregada', garante. Na avaliação do zagueiro, o 'apagão' apresentado pelo time nos jogos em que tinha a vitória garantida se deve justamente ao relaxamento maior na marcação.
'Quando nosso time faz um, dois, três gols começa a recuar e jogar mais em seu campo e aí acaba sofrendo pressão', afirma. 'O que temos de fazer é continuar jogando em cima do adversário, independente do placar, para diminuir o espaço do inimigo', argumenta Roni, que apenas no jogo contra o Águia, de Marabá, não teve a companhia de Luciano, que cumpria suspensão. Lê foi o substituto.
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