quarta-feira, 18 de março de 2009

“Caíca” volta a ficar calado

No AMAZÔNIA:

João Carlos de Vasconcelos Carepa, o 'Caíca', se manteve calado ontem, na CPI da Assembleia Legislativa do Pará, que apura casos de exploração e abuso sexual contra crianças no Estado. Ele usou a mesma estratégia na CPI da Pedofilia do Senado, que esteve em Belém.
As únicas palavras ditas pelo irmão da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, durante os 35 minutos em que esteve no banco de depoentes da CPI foram: 'Exerço meu direito de ficar calado e permanecer em silêncio'. 'Caíca' responde a processo penal por atentado violento ao pudor contra uma garota de 11 anos. Além de João Carlos Carepa, a CPI colheu ontem os depoimentos de outros dois acusados de violência sexual contra crianças: o contador Ormando Sampaio Collyer e o conselheiro tutelar José Luiz Pantoja Moraes. Os dois se declararam inocentes.
Instaurada em dezembro de 2008, a CPI já colheu até ontem 18 depoimentos. Na próxima quinta-feira, os membros da comissão viajarão para Altamira, sudeste do Estado, onde serão ouvidas cinco pessoas envolvidas em casos de abuso sexual. Entre os depoentes estará a menina que, segundo inquérito policial, foi abusada pelo auditor fiscal da Sefa João Antônio Flores Neto. No sábado, haverá audiência pública para identificar novos casos de violência contra crianças e adolescentes.
A sessão da CPI estava marcada para começar às 14h, mas começou com pouco mais de uma hora de atraso. Às 15h10, o presidente da comissão, deputado Adamor Aires (PR), chamou 'Caíca', o primeiro dos três depoentes que seriam ouvidos na tarde de ontem. Ele chegou ao auditório da Assembléia acompanhado por seu advogado, Américo Leal, que passou às mãos do presidente da CPI o salvo conduto que garantia a 'Caíca' o direito de não responder aos questionamentos que seriam feitos pelos membros da comissão.
O segundo depoente da tarde foi o bancário aposentado e contador Ormando Sampaio Collyer. Seguindo o exemplo de João Carlos Carepa, o aposentado disse que exerceria o direito de não responder ao que lhe fosse perguntado. Entretanto, ela acabou sendo envolvido pelas indagações dos membros da Comissão e respondeu a algumas perguntas.
Segundo o deputado Arnaldo Jordy, relator da CPI, 'o contador é o campeão das denúncias. Até agora são 13 acusações de abuso sexual praticado contra crianças', informou o deputado. Em sua defesa, Collyer afirmou que 'armaram uma ‘casinha’ contra mim. Tem gente querendo me prejudicar e por isso armaram essa conspiração ', declarou o aposentado, reservando-se o direito de não citar nomes.
Armação também foi a justificativa exposta pelo conselheiro tutelar José Luiz Pantoja Moraes, conhecido como Zeca Barreiro, acusado de estupro contra uma menina. Barreiro também se declarou inocente da acusação e afirmou que a acusação pode ser fruto de desavenças entre ele o namorado da suposta vítima. 'O Max (namorado da menina) pode ter ficado com raiva por eu não o ter indicado para o emprego de instrutor na Secretaria Municipal de Esporte Juventude e Lazer (Sejel), quando tive oportunidade. Na ocasião, indiquei outra pessoa que considerava mais bem preparado', declarou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Será que somos nós que pagaremos os honorarios do Advogado do Caica?

Anônimo disse...

Ah, tem várias "opções" para pagamento: via Hangar; via kits; via contrato do Gallo....hehe