quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Presidente do Legislativo já esteve preso

No AMAZÔNIA:

De 1996 a 2003, a presidência da Assembléia Legislativa do Espírito Santo foi ocupada pelo ex-banqueiro do jogo do bicho José Carlos Gratz (PFL), tido como um líderes do crime organizado local.
Na época, a Assembléia era acusada de dar "suporte jurídico" para o desvio de verbas públicas. Em 2000, a CPI do Narcotráfico acusou Gratz, outro deputado e um desembargador de envolvimento com o crime organizado, que estava associado à Scuderie Le Cocq, organização criada para vingar a morte de um detetive que virou um esquadrão da morte.
A crise se agravou a tal ponto no governo de José Ignácio Ferreira (1999-2002) que, em 2001, a Xerox decidiu fechar uma fábrica no local para não ter de pagar mais propinas. Em 2002, a OAB pediu intervenção no Estado após o assassinato de um advogado que denunciou fraudes, mas a medida foi barrada pelo procurador-geral Geraldo Brindeiro.
Em 2002, o TRE cassou a candidatura de Gratz à reeleição, e o Ministério Público pediu a prisão de sete deputados reeleitos acusados de compra de votos. O grupo de Gratz conseguiu eleger o presidente da Assembléia em 2003, mas a Justiça anulou a eleição. Com o apoio do novo governador, Paulo Hartung, um deputado do PT desmontou o esquema.
Condenado pelo TJ, Gratz ficou preso de 2004 a 2006 por formação de quadrilha e peculato. Em 2007, ele perdeu os direitos políticos por dez anos.

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