No AMAZÔNIA:
Após três dias de conflitos, a polícia de Igarapé-Miri prendeu ontem Jonathan Mártires da Silva, de 19 anos, o 'Índio', que confessa a morte do empresário Augusto Afonso Miranda. O latrocínio desencadeou a onda de protestos na cidade. 'Índio' foi detido dentro de um ônibus que viajava com destino a Belém. Ele foi conduzido pela polícia para a Delegacia de Abaetetuba, para evitar que fosse linchado pela população local. De madrugada, um grupo de manifestantes depredou o prédio da Delegacia de Igarapé-Miri, na rua Sesquicentenário. O prédio também foi incendiado. Quando a polícia chegou, já de manhã, não havia mais ninguém. A delegacia agora está funcionando provisoriamente em uma casa localizada na rua Padre Vitória, a poucos metros do prédio depredado.
Com base nas investigações que vinham sendo feitas nos últimos dias, a Polícia Civil tinha a informação de que o autor do tiro que matou o empresário Augusto Miranda, no último sábado, era moreno, cabeludo, com aparência de adolescente e que tinha uma pinta perto do nariz. Por volta das 7h30 de ontem, policiais militares do destacamento local da PM receberam a informação de que um rapaz com as mesmas características tinha acabado de entrar em um ônibus da empresa Jarumã, em uma parada intermunicipal localizada na rodovia PA-151. A guarnição, comandada pelo subtenente Alacy, foi imediatamente para a rodovia e conseguiu interceptar o ônibus próximo ao trevo que dá acesso a Moju. 'Facilmente o identificamos pelo sinal que ele tem no nariz. De início, ele negou. Mas quando viu que já sabíamos tudo, acabou confessando e até entregou mais dois envolvidos, ‘Sapinho’ e Roberto', contou o policial, que teve o apoio dos cabos J. Oliveira e Bentes e do soldado Uelton.
Os PMs foram até a casa dos avós de 'Sapinho', na rua principal do bairro Cinco Bocas, mas ele não foi encontrado. Uma mulher que se identificou como avó dele disse à polícia que seu neto teria saído da cidade na segunda-feira, bem cedo, rumo a Belém. Quanto a Roberto, a polícia ainda não tem informação. Jonathan, que mora no Tapanã, diz que seus comparsas também são de Belém e que moram no bairro da Terra Firme.
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