“Sem hesitar, acredita no dinheiro, não com instrumento legítimo para a circulação de bens, mas como algo determinante para suas ações ou omissões, bem como de todas as pessoas que passam pelo seu caminho. Inverte, pois, a máxima: o instrumento passa a ser ente e o ente instrumento. Nítida a contradição entre o que faz e diz acreditar. Parafraseando Friedrich Nietzsche, tornou-se aquilo que verdadeiramente é. Revela-se pois de personalidade desajustada."
Fausto De Sanctis (ao lado), juiz federal, na sentença em que condenou o banqueiro Daniel Dantas a 10 anos de cadeia e ao pagamento de R$ 12 milhões em multas.
5 comentários:
Esse juiz entende de tudo. Inclusive sobre a personalidade.
Eles se merecem (Dantas e o juiz).
Viva o Batmam!!!!!!
Tive a oportunidade de ler no site uol uma parte da sentença, que tem mais de 300 (trezentas) páginas.
É um triste espetáculo não apenas pela corrupção patrocinada pelo Banqueiro, mas pela parcialidade do juiz.
Revela raiva e ódio pelo sujeito.
Tenho pena dos réus que estão sob sua jurisdição.
Para ter idéia, mais de 14 páginas foram usadas para o juiz fazer a sua defesa no caso. É isso mesmo, a sua defesa, embora o acusado pelo delito não tenha sido ele e sim o Dantas e CIA.
Quem tiver peninha do DD, que aplique no Opportunity.
Simpáticos ao Danidantas, sorry.
Valeu, juiz!
Ao anônimo do dia 3/12 às 11:43.
Prezado desconhecido,
Registro que, igualmente a você, não vou me identificar.
Não desejo lhe dar lição de moral, eis que não sou pior ou melhor do que você.
É triste saber da existência de um crime, seja quem for o autor.
Delitos são cometidos porque a família ou a sociedade falharam em algum aspecto, que por ora não nos cabe discutir, mesmo porque não há espaço no blog.
O crime é, antes de tudo, um fenômeno social.
Quando no comentário anterior afirmei que era triste o espetáculo da corrupção patrocinada pelo Banqueiro, bem como a parcialidade empregada pelo juiz na sentença (na qual deixa transparecer ódio e raiva pelo réu), é porque aprendi que não podemos combater o criminoso e sim a infração penal por ele cometida. E acho que o juiz não agiu dessa forma.
Tratar da prevenção do delito é cuidar do ser humano. Quem é doente deve receber o tratamento adequado. A criminalidade avança, porque não agimos dessa forma. Se queremos fazemos a lição das ruas, façamos, primeiro, a de casa. Enquanto não mudar nosso comportamento pessoal e depois o social, vamos amargar séculos de desgosto.
Infelizmente, há pessoas e instituições que procuram se aproveitar dos tristes epísódios criminosos. Há, inclusive, pessoas que se elegem sob essa bandeira, não é mesmo?
Contudo, há outros que lutam para que as injustiças não se concretizem, apesar de saberem que, neste mundo, "há injustiça mas não há injustiçados".
Portanto, caro amigo anônimo, prefiro defender no lugar de atacar, ainda que seja "necessário o escândalo".
A tarefa de julgar não me cabe, simples mortal de passagem efêmera pela vida.
Abraços,
Caro Anônimo das 11:39,
"... mesmo porque não há espaço no blog."
Mas há espaço sim, Anônimo.
Se quiser debater, fique à vontade.
Abs.
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