No último domingo à noite, o deputado Jader Barbalho, presidente regional do PMDB, foi à casa da governadora Ana Júlia Carepa.
As cortesias recíprocas limitaram-se àquelas devidas formal e restritamente a quem convida - no caso Ana Júlia - e a quem aceita o convite - no caso Jader -, para conversarem sobre temas políticos delicados. Ou delicadíssimos.
No mais, a conversa que tiveram, muito embora em tom civilizado, foi duríssima.
Durante três horas, governadora e deputado disseram o que quiseram e ouviram o que talvez não gostariam de ter ouvido um do outro.
Jader não mediu palavras para dizer a Ana Júlia, claramente, que o PMDB não recuaria um milímetro sequer do acordo que garantiu ao PSDB o cargo de 1º vice-presidente – destinado ao tucano Ítalo Mácola – na chapa de Domingos Juvenil que concorrerá à eleição de logo mais, às 9h, na Assembléia Legislativa.
Para deixar a governadora mais à vontade ainda, em relação à recusa do PMDB em romper o acordo firmado com o PSDB e outros partidos para a eleição da nova Mesa da AL, Jader ressaltou que ela, a partir daquele momento, poderia ficar à vontade para adotar, em relação ao partido, a atitude que melhor lhe conviesse politicamente, inclusive despejando peemedebistas de cargos como os de secretário de Obras e da Saúde, além da direção da Cosanpa, Detran e Adepará.
Em dado momento da conversa, Jader disse mais ou menos assim – senão com estas palavras, mas com este sentido:
- Quanto a essa especulação sobre acordo para 2010, eu adianto a você que posso me candidatar ao governo do Estado. E quem vai me dizer que, candidato ao governo do Estado, não estarei garantido pelo menos num segundo turno?
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